Em pesquisa, substância diminuiu a frequência cardíaca de garotos
adolescentes e provocou reações distintas em garotas, de acordo com o
ciclo menstrual.
Mesmo em doses baixas, o café altera o funcionamento cardiovascular das crianças (John Foxx/Thinkstock).
Uma
pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo periódico Pediatrics
constatou que a cafeína, presente em refrigerantes e bebidas
energéticas, afeta diferentemente a frequência cardíaca e a pressão
sanguínea de meninos e meninas após a puberdade.
Estudos
anteriores já tinham demonstrado que a cafeína aumenta a pressão
sanguínea e diminui a frequência cardíaca em crianças, adolescentes e
adultos. Desta vez, os pesquisadores queriam investigar se as diferenças
de gênero na resposta cardiovascular à cafeína se manifestavam depois
da puberdade e se essa resposta diferia de acordo com as diferentes
fases do ciclo menstrual.
Os cientistas recrutaram 101
crianças na pré-puberdade (entre 8 e 9 anos de idade) e na pós-puberdade
(entre 15 e 17 anos). Eles examinaram a frequência cardíaca e a pressão
arterial antes e depois dos voluntários ingerirem placebo ou baixas
doses de cafeína.
Não houve diferenças entre os sexos nas
crianças de 8 e 9 anos. Entre os voluntários adolescentes, o coração dos
meninos foi mais afetado pela cafeína do que o das meninas. No caso das
garotas, os pesquisadores constataram que a resposta do organismo à
substância mudava conforme a fase do ciclo menstrual da participante. A
cafeína diminuiu os batimentos cardíacos sobretudo naquelas que estavam
na fase folicular — que vai do primeiro dia da menstruação à ovulação — e
elevou a pressão sanguínea na fase lútea, a última do ciclo.
Fonte: Veja Online
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