O
endividamento no mês de maio alcançou 1,835 milhão de famílias
paulistanas, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgada hoje (5). O
volume representa 51,2% da população. O índice permanece no mesmo
patamar de abril. Na comparação com maio de 2013, quando 57,1% estavam
endividadas, houve queda.
Os
economistas da entidade justificam que a estabilidade está relacionada à
cautela do consumidor paulistano para contratar novos financiamentos,
“diante dos juros mais altos, baixo crescimento da renda e inflação
pressionada”.
O
cartão de crédito segue na liderança dos tipos de endividamento, com
68,1% das famílias com parcelas a vencer - alta de 1,9 ponto percentual
em relação a abril. Em seguida, estão as dívidas com financiamento de
veículo (19,3%), carnê de crediário (15,4%), financiamento imobiliário
(13,4%), crédito pessoal (11%) e cheque especial (5,7%).
As
famílias de baixa renda apresentaram maior percentual de endividamento,
com 55,1% do total. Na avaliação da FecomercioSP, isso ocorre porque
essa parcela da população é mais impactada pelos efeitos da alta de
preço, recorrendo ao crédito para manter os padrões de consumo.
Apesar
de o nível de endividamento ser maior nessa faixa de renda, a taxa é
0,8 ponto percentual menor que a registrada em abril. As famílias com
renda superior a dez salários mínimos cresceu 2,5 ponto percentual em
maio, ficando em 39,8%.
A
quantidade de famílias com contas vencidas passou de 532 mil para 520
mil em maio, o que representa 14,5%. O número das que dizem não ter
condições de pagar as dívidas em 30 dias caiu de 5% para 4,8%, o que
equivale a 172 mil famílias.
Em
relação ao comprometimento de renda, 38% dos endividados dizem que
precisam de mais de um ano para pagar as dívidas atuais. Em seguida,
estão 20,3% que acreditam precisar de até três meses para fechar as
contas; 20,1%, entre três e seis meses; e 18,6%, de seis meses a um ano.
Fonte: Agencia Brasil
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