segunda-feira, 9 de junho de 2014

Mais de 1,8 milhão de famílias paulistanas estavam endividadas em maio


O endividamento no mês de maio alcançou 1,835 milhão de famílias paulistanas, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgada hoje (5). O volume representa 51,2% da população. O índice permanece no mesmo patamar de abril. Na comparação com maio de 2013, quando 57,1% estavam endividadas, houve queda.
Os economistas da entidade justificam que a estabilidade está relacionada à cautela do consumidor paulistano para contratar novos financiamentos, “diante dos juros mais altos, baixo crescimento da renda e inflação pressionada”.
O cartão de crédito segue na liderança dos tipos de endividamento, com 68,1% das famílias com parcelas a vencer - alta de 1,9 ponto percentual em relação a abril. Em seguida, estão as dívidas com financiamento de veículo (19,3%), carnê de crediário (15,4%), financiamento imobiliário (13,4%), crédito pessoal (11%) e cheque especial (5,7%).
As famílias de baixa renda apresentaram maior percentual de endividamento, com 55,1% do total. Na avaliação da FecomercioSP, isso ocorre porque essa parcela da população é mais impactada pelos efeitos da alta de preço, recorrendo ao crédito para manter os padrões de consumo.
Apesar de o nível de endividamento ser maior nessa faixa de renda, a taxa é 0,8 ponto percentual menor que a registrada em abril. As famílias com renda superior a dez salários mínimos cresceu 2,5 ponto percentual em maio, ficando em 39,8%.
A quantidade de famílias com contas vencidas passou de 532 mil para 520 mil em maio, o que representa 14,5%. O número das que dizem não ter condições de pagar as dívidas em 30 dias caiu de 5% para 4,8%, o que equivale a 172 mil famílias.
Em relação ao comprometimento de renda, 38% dos endividados dizem que precisam de mais de um ano para pagar as dívidas atuais. Em seguida, estão 20,3% que acreditam precisar de até três meses para fechar as contas; 20,1%, entre três e seis meses; e 18,6%, de seis meses a um ano.
Fonte: Agencia Brasil

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