O consumo de energia elétrica demandado ao Sistema Interligado
Nacional (SIN) fechou o mês de fevereiro com ligeira variação de 0,2%,
ficando praticamente estável em relação ao mesmo mês do ano passado. Em
comparação com o mês anterior, houve expansão de 1,3%. No resultado
acumulado dos dois primeiros meses do ano, a alta foi de 1,5%.
Os dados fazem parte da publicação Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica,
divulgada hoje (3) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e indicam
que em fevereiro foram consumidos por meio das rede distribuidoras
38.593 gigawatts-hora (Gwh).
As quedas verificadas nos setores
industrial e comercial foram determinantes para a estabilidade do
consumo, depois da alta do mês anterior. No caso da indústria, a queda
chegou a 0,9%, enquanto no setor de comércio e serviço houve retração de
0,5%. O consumo das residências fechou positivo em 0,6% e em outras
classes (contabilizados o setor rural e a iluminação pública) houve alta
de 2,9%.
Ao analisar as causas da estabilidade na demanda de energia elétrica
entre os meses de fevereiro de 2016 e 2017, a EPE citou a crise na
segurança pública no Espírito Santo – decorrente da greve da Polícia
Militar, e o menor número de dias no mês, em 2017, uma vez que 2016 foi
um ano bissexto, o que influenciou a queda do consumo no setor
industrial.
Segundo a EPE, a redução do número de dias faturados
em diversas distribuidoras afetou o crescimento do consumo,
principalmente das classes residencial e de comércio e Serviço, Por
outro lado, “as condições relacionadas ao clima, como temperatura e
chuva, contribuíram para o crescimento do consumo em alguns estados”,
acrescentou a empresa.
A EPE ressalta que, “apesar dos sinais
positivos em relação à criação de novas vagas de emprego e da melhoria
da confiança do consumidor", o consumo energético residencial ainda se
mostra em um patamar próximo ao registrado em 2014.
Regiões
Do
ponto de vista regional, somente duas regiões fecharam fevereiro com
crescimento frente ao mesmo mês do ano passado: o Sul, com 2,3%, e o
Sudeste, com 0,6%. Na Região Sul, o consumo foi puxado pelo desempenho
dos setores têxtil, com expansão de 6,9%, automobilístico (6,5%), papel e
celulose (2,7%) e metalúrgico (1,8%). Todas as demais regiões
apresentaram resultados negativos, com a maior retração sendo registrada
no Norte (-5,3%). No Centro-Oeste, houve queda no consumo de 0,9% e no
Nordeste, de 0,4%.
Fonte: EBC
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