O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic,
fique em 8,75% ao ano, ao final de 2017. Na semana passada, a
expectativa era 9% ao ano, segundo o boletim Focus, divulgado todas as
segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Atualmente, a Selic está em
12,25% ao ano.
No último dia 30, o BC indicou que poderá acelerar o ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic.
Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou o
quarto corte seguido na taxa. Por unanimidade, o comitê reduziu a Selic
em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano para 12,25% ao ano. Esse foi o
segundo corte seguido de 0,75 ponto percentual. A próxima reunião do
Copom está marcada para os dias 11 e 12 deste mês.
“A
consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os
componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política
monetária [definições da taxa Selic], fortalece a possibilidade de uma
intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política
monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do
Copom”, disse o BC no Relatório de Inflação.
A Selic é um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e,
consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo
é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o
Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
sobre a inflação.
Inflação
A estimativa
do mercado financeiro para inflação caiu pela quarta vez seguida. Desta
vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) passou de 4,12% para 4,10%.
A projeção para a inflação
este ano está abaixo do centro da meta que é 4,5%. A meta tem ainda
limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa não foi
alterada – segue em 4,5%.
A projeção de instituições financeiras
para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de
todas as riquezas produzidas pelo país) este ano, permanece em 0,47%.
Para o próximo ano, a estimativa permanece em 2,5%.
Fonte: Agência Brasil
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