terça-feira, 30 de julho de 2013

Editoras vendem 7,36% menos livros em 2012


As vendas de livros encolheram 7,36% em 2012, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 30, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato dos Editores de Livros (SNEL). Foram comercializados 434,92 milhões de exemplares no ano passado, dos quais 166,35 milhões de livros para o governo. O resultado negativo foi puxado justamente por esse segmento, cujas vendas tiveram retração de 10,31%. As vendas ao mercado, excluído o governo, encolheram menos: 5,43%, e totalizaram 268,56 milhões de livros.

A Pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP) a pedido das entidades, aponta que o faturamento das editoras brasileiras alcançou R$ 4,98 bilhões, alta de 3,04% em relação a 2011. A discrepância entre os números de receita e vendas é explicada pelo acréscimo de 12,46% no preço médio do livro vendido pelas editoras ao mercado ao longo de 2012.
O faturamento das editoras nas vendas ao governo, cujas compras são feitas por intermédio de programas como Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), encolheu 5,20%, para R$ 1,31 bilhão. Já a receita das editoras com a venda ao mercado, seja para livrarias ou outros pontos de venda, cresceu 6,36% no mesmo período e totalizou R$ 3,66 bilhões. "Esse foi o primeiro crescimento real de vendas ao mercado desde 2008", destacaram as entidades em nota. O ganho real no período (descontada a inflação) foi de 0,49%, segundo as entidades.
As livrarias são o principal canal de comercialização do setor editorial no Brasil, com 47,42% do total dos livros vendidos ao mercado, ou 127,35 milhões de exemplares. Em seguida aparecem os distribuidores, com 26,25% e 70,49 milhões de exemplares, e a categoria porta-a-porta e catálogo, com 8,03% e 21,55 milhões de exemplares. O ranking elaborado pela Fipe também aponta grande número de vendas nas igrejas e templos, com 3,07%, nos supermercados, com 2,80%, e nas bancas de jornal, com 2,13%.

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