Quem viveu neste planeta nos últimos anos, certamente já ouviu falar que
os juros brasileiros nunca estiveram tão baixos. Bom para a economia,
que tem fôlego para se desenvolver, mas ruim para quem não tem
planejamento financeiro e acaba caindo na tentação do crédito fácil.
ados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
mostraram que 63% das famílias brasileiras encontravam-se endividadas
com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de
loja, empréstimo, prestação de carro e seguro no mês de junho. O
resultado é menor do que no mesmo período no ano passado, mas ainda
preocupa.
E você? Sabe o que considerar na hora de decidir se vale a pena
tomar um empréstimo? E que, além dos juros, tem que estar de olho nas
demais despesas e taxas envolvidas?
O Yahoo! convidou especialistas para dar algumas dicas sobre como
escolher o empréstimo mais barato e mais adequado ao seu objetivo. Você
verá que o crédito não precisa ser um vilão: basta aprender a usá-lo com
consciência. Confira:
1. Avalie se você precisa mesmo disso agora. A
primeira coisa que deve passar pela nossa cabeça quando cogitamos tomar
um empréstimo deve ser sempre a nossa real necessidade de antecipar
aquele consumo. "O importante é se perguntar se não é possível esperar
para juntar um pouco mais de dinheiro para realizar seu sonho ou se o
que queremos é realmente necessário naquele momento", comenta o
planejador financeiro do site GuiaBolso.com.br, Luiz Krempel.
2. Empréstimos mais baratos demandam garantias.
Quando o banco empresta dinheiro para alguém, ele está assumindo um
risco. Quem garante que ele irá receber o dinheiro de volta? Assim, é
importante lembrar que quanto mais o acesso ao crédito (cheque especial,
caixa eletrônico, rotativo), mais caro tende a ser o juro cobrado. E,
seguindo essa lógica, os empréstimos mais baratos são aqueles que exigem
um envolvimento maior do solicitante: uma garantia, como um imóvel, um
veículo ou até mesmo o próprio salário, como ocorre no empréstimo
consignado. "Dessa forma, os bancos se sentem mais confortáveis para
emprestar a uma taxa de juros mais baixa", destaca o planejador
financeiro Leonardo Gomes, responsável pelo portal Minha Vida Financeira.
3. Compare não somente os juros, mas o CET dos empréstimos.
Uma sigla menos conhecida do que deveria, a CET significa "Custo
Efetivo Total" e concentra, em uma única taxa, todos os custos
envolvidos em um empréstimo. "É errado comparar qual é a melhor oferta
somente pela taxa de juros divulgada. Além da taxa de juros, é preciso
considerar impostos (como i IOF), tarifas bancárias e custos
operacionais", explica Krempel. "O que importa, realmente, é o quanto de
dinheiro a mais o consumidor irá pagar pela quantia que está
emprestando", acrescenta.
4. Um bom relacionamento com o banco implica juros menores.
Os bancos atualizam constantemente a análise de crédito de seus
clientes e as taxas de juros oferecidas são proporcionais ao
relacionamento que você possui com a instituição, explica Gomes. Assim,
quem paga as contas em dia, centraliza a movimentação bancária em uma
mesma instituição e também possui aplicações costuma ter acesso a um
crédito mais barato.
5. Lembre que o crédito é um produto: pesquise as ofertas no mercado!
Assim como fazemos ao comprar um carro ou um sapato, sempre vale a pena
tentar negociar as taxas de juros com o seu banco e até pesquisar o que
os concorrentes estão fazendo, avalia Gomes. Nunca se esqueça de que
você sempre tem a opção de fazer a portabilidade de crédito
e os bancos não querem perder clientes! E especialmente nas grandes
operações, como a compra da casa própria, por exemplo, o educador
financeiro Mauro Calil, da Academia do Dinheiro, Mauro Kalil, recomenda a pesquisa em pelo menos quatro instituições financeiras diferentes antes de fechar o acordo.
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