O reajuste do seguro-desemprego poderá voltar a ser maior do que a inflação acumulada. A novidade foi antecipada pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, à “Folha de S. Paulo”, nesta terça-feira. Procurado pelo EXTRA, o Ministério do Trabalho confirmou a informação e explicou que o aumento poderá, inclusive, ser retroativo a janeiro deste ano, quando os novos valores entraram em vigor. De janeiro a junho, 3,5 milhões de parcelas do benefício foram pagas, segundo dados oficiais, num total de R$ 12 bilhões.
Este ano, o benefício foi reajustado em 6,2%, considerando apenas a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Até então, o aumento do seguro era o mesmo concedido ao salário mínimo, que este ano teve correção maior, de 9%. A decisão de mudar a fórmula de cálculo, porém, foi tomada, unilateralmente, pelo então presidente do Conselho Curador do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Marcelo Aguiar.
A alteração — apesar de ter entrado em vigor — não chegou a ser referendada por outros integrantes do conselho, que tem representantes do governo, das centrais sindicais e de entidades patronais.
A decisão sairá na próxima reunião do Codefat, este mês. Os conselheiros vão decidir se tudo continuará como está, ou se o reajuste acima da inflação valerá para seguros pagos este ano ou apenas a partir de 2014. A retomada da antiga fórmula de cálculo estaria sendo vista com bons olhos pelo governo, por ser uma medida popular.
Fonte: Extra - online
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