Governo e indústria alimentícia assinam acordo para baixar
quantidade de sal nos produtos; para Idec, em alguns casos reduções são
irrisórias e metas deveriam ser mais rigorosas
O governo e a indústria de alimentos assinaram na terça-feira um acordo que promete reduzir o teor de sódio em alimentos como margarinas, cereais matinais e temperos prontos. O acordo propõe uma diminuição de 1,3% ao ano (no caso de temperos à base de alho e cebola) e até 19% ao ano (para margarinas vegetais).
Essa não é a primeira vez que se discutem acordos voluntários com a indústria para a redução do sódio, substância que, quando consumida em excesso, aumenta a incidência de doenças cardíacas e renais. Em 2011, foram assinados dois termos relativos a alimentos consumidos em sua maioria por crianças e jovens, como massas instantâneas, vários tipos de pães, misturas para bolos, salgadinhos de milho e batata frita.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo máximo de cinco gramas diárias de sódio e essa é a marca que o governo visa a alcançar com os acordos até 2020. Estima-se que atualmente o brasileiro consuma em torno de 12 gramas de sódio por dia.
O Idec publicou um levantamento em agosto de 2011 no qual constatou que as metas estabelecidas pelos acordos voluntários naquele ano para o fim de 2012 eram tímidas e que, em muitos casos, as reduções tão irrisórias que a maioria dos produtos pesquisados (massas instantâneas, pão de forma, bisnaguinhas) já apresentava quantidades de sódio inferiores aos valores estabelecidos. “Considerando que as embalagens têm quantidades que variam de 60 a 100 gramas, ao consumir uma única porção, ingere-se praticamente a quantidade recomendada para um dia inteiro, mesmo que o produto obedeça à meta estabelecida”, afirma a assessora do Idec responsável pelo levantamento, Silvia Vignola. “A análise feita pelo Idec mostra que as metas firmadas pelo Ministério da Saúde e pelas associações poderiam ser mais rigorosas”, enfatiza.
Sódio não é o único inimigo
O Idec defende ainda que, não apenas o sódio, mas todos os nutrientes não saudáveis precisam ter metas rígidas de redução nos alimentos consumidos no País. “Quando discutimos medidas para redução de doenças crônicas, especialmente aquelas relacionadas a alimentos, não basta discutir a redução de sódio. O consumo de gorduras saturadas, açúcares, além do sódio, precisa ser reduzido. Estes nutrientes contribuem para o quadro de sobrepeso e obesidade e suas consequências", finaliza Silvia.
O governo e a indústria de alimentos assinaram na terça-feira um acordo que promete reduzir o teor de sódio em alimentos como margarinas, cereais matinais e temperos prontos. O acordo propõe uma diminuição de 1,3% ao ano (no caso de temperos à base de alho e cebola) e até 19% ao ano (para margarinas vegetais).
Essa não é a primeira vez que se discutem acordos voluntários com a indústria para a redução do sódio, substância que, quando consumida em excesso, aumenta a incidência de doenças cardíacas e renais. Em 2011, foram assinados dois termos relativos a alimentos consumidos em sua maioria por crianças e jovens, como massas instantâneas, vários tipos de pães, misturas para bolos, salgadinhos de milho e batata frita.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo máximo de cinco gramas diárias de sódio e essa é a marca que o governo visa a alcançar com os acordos até 2020. Estima-se que atualmente o brasileiro consuma em torno de 12 gramas de sódio por dia.
O Idec publicou um levantamento em agosto de 2011 no qual constatou que as metas estabelecidas pelos acordos voluntários naquele ano para o fim de 2012 eram tímidas e que, em muitos casos, as reduções tão irrisórias que a maioria dos produtos pesquisados (massas instantâneas, pão de forma, bisnaguinhas) já apresentava quantidades de sódio inferiores aos valores estabelecidos. “Considerando que as embalagens têm quantidades que variam de 60 a 100 gramas, ao consumir uma única porção, ingere-se praticamente a quantidade recomendada para um dia inteiro, mesmo que o produto obedeça à meta estabelecida”, afirma a assessora do Idec responsável pelo levantamento, Silvia Vignola. “A análise feita pelo Idec mostra que as metas firmadas pelo Ministério da Saúde e pelas associações poderiam ser mais rigorosas”, enfatiza.
Sódio não é o único inimigo
O Idec defende ainda que, não apenas o sódio, mas todos os nutrientes não saudáveis precisam ter metas rígidas de redução nos alimentos consumidos no País. “Quando discutimos medidas para redução de doenças crônicas, especialmente aquelas relacionadas a alimentos, não basta discutir a redução de sódio. O consumo de gorduras saturadas, açúcares, além do sódio, precisa ser reduzido. Estes nutrientes contribuem para o quadro de sobrepeso e obesidade e suas consequências", finaliza Silvia.