O julgamento sobre o ressarcimento aos
consumidores de R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas de luz,
devido a um erro na metodologia de cálculo de reajustes ocorridos nos
anos de 2002 a 2009, foi adiado pelo Tribunal de Contas da União (TCU),
por pedido de vista feito pelo Ministro Raimundo Carreiro. De acordo
com informações do Tribunal de Contas da União, o julgamento já tem um
voto favorável ao consumidor. A nova data ainda não foi divulgada.
O voto do relator do processo, Valmir Campelo, foi para que a agência devolva aos consumidores os valores pagos indevidamente ao longo de mais de sete anos.
O voto do relator do processo, Valmir Campelo, foi para que a agência devolva aos consumidores os valores pagos indevidamente ao longo de mais de sete anos.
Para
a Frente de Defesa do Consumidor de Energia Elétrica, formada pela
Fundação Procon-SP, Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e Federação
Nacional do Engenheiros, o TCU assegurou o cumprimento do princípio do
equilíbrio econômico financeiro dos contratos públicos e a garantia
constitucional de que o Estado deve promover a defesa do consumidor e
entendeu que a legislação do setor elétrico, assim como os contratos de
concessão, foram desrespeitados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).
Dirigentes
das entidades ligadas á Frente acreditam que a participação da
sociedade civil no processo do TCU demonstra avanço da democracia e da
organização das entidades de defesa do consumidor, que estão cada vez
mais ativas e preparadas para a representação de seus interesses,
promovendo o equilíbrio entre o poder econômico e o consumidor. Ou seja,
o voto proferido assegura, até o momento, a missão institucional do
TCU, que é: “controlar a administração pública para contribuir para o
seu aperfeiçoamento em benefício da sociedade”.
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