Apesar
da expectativa pelo aumento, os consumidores terão pelo menos dois
meses de preços mais em conta para comprar eletrodomésticos. Produtos
como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, além de móveis, não devem
ficar mais caros com o aumento gradual do IPI. Isso porque as grandes
redes varejistas garantem que ainda têm estoque para segurar os valores.
ACORDO NO VAREJO
A
decisão de não reajustar partiu dos associados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). A medida da entidade veio após o
anúncio da recomposição parcial da alíquota do imposto. “Esta decisão
vai continuar a estimular a economia. Em contrapartida, os participantes
do IDV fizeram pacto para não aumentar os preços”, garante Luiza Helena
Trajano, vice-presidente do instituto.
De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, a medida visa assegurar as vendas do comércio varejista.
“O
apetite para gastos está baixo em função da inflação que cresceu nos
últimos meses. Houve preocupação do varejo para impedir que
consumidores, agora receosos, deixem de comprar pela falta de
incentivo”, explica.
Tributação atual ficará congelada por dois meses
A
tributação atual foi decidida pelo governo na última quinta-feira, dia
27, e está em vigor desde o dia primeiro deste mês. A alíquota do fogão
subiu de 2% para 3%. Para o tanquinho, de 3,5% passou para 4,5%. Já o
IPI dos refrigeradores foi de 7,5% para 8,5%. A máquina de lavar roupa,
antes com taxa de 20%, já está em taxa definitiva de 10%.
Apesar
dos novos pesos dos impostos, grandes redes como Casas Bahia, Extra e
Ponto Frio afirmam que os preços continuarão os mesmos. No Walmart, a
força tarefa é para conter o aumento. “Vamos nos reunir com os
fornecedores para manter os preços”, revela Daniel Santana, diretor
comercial do Walmart.
Receoso
com a possibilidade do aumento, o pedreiro José Carlos da Silva, 50
anos, não quer perder tempo. “Já estava economizando para trocar a
máquina de lavar, mas como os preços vão subir, vou comprar ainda este
mês”, diz.
Economista
do Ibmec, Gilberto Braga explica que só foi possível conter a alta
porque o setor produtivo se antecipou: “Com medo de não vender, a
indústria passou todo seu estoque para o varejo. Essa postura contribuiu
de forma positiva e vai manter os atuais valores”
Fonte: O Dia - Online
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