Quando nossos pais nasceram, nossos avós não tinham dúvidas: abrir uma caderneta de poupança era uma ótima maneira de fazer um pé-de-meia para o filho.
Hoje, a resposta não é tão simples assim. Acumular dinheiro para pagar a faculdade ou comprar o primeiro carro para o filho são tarefas que exigem planejamento e estratégia.
Para ajudar os pais, o UOL consultou três especialistas: a planejadora financeira certificada pelo IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros) Letícia Camargo; o educador financeiro Mauro Calil, da Academia do Dinheiro, e Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.
"As opções de investimento vão bem além da caderneta, que só é escolha para quem não conhece nada de finanças", afirma Viriato.
Cálculos do professor mostram que uma única aplicação de R$ 1.000, resultaria, depois de 10 anos, num valor de R$ 1.985,60 se o valor tivesse sido investido na poupança; R$ 2.257,00 se a opção fosse um fundo DI, e R$ 2.392,30 se o depósito fosse num VGBL, considerando-se uma taxa de administração de 1% para o DI e o VGBL.
"O primeiro passo é ter uma meta", diz o professor. "Se os pais não tiverem clara a finalidade para a qual estão poupando, a chance de usar esse dinheiro antes do tempo com outros objetivos é grande."
Uma dica do educador Mauro Calil é fazer o investimento no CPF do filho. "Isso cria uma barreira psicológica que impede o pai de usar a economia da criança para ele", diz.
Investir até 100% em ações
Como se trata de investir para uma criança, o tempo está a favor. "Com crianças, é possível adotar estratégias de maior risco para obter uma rentabilidade maior também", diz Mauro Calil. "Para uma criança de 0 a 7 anos, aconselho investir 100% em ações. Depois, ir mesclando com outros investimentos até os 15 anos."
Quando o adolescente chegar nessa idade, o consultor aconselha a diminuir a exposição ao risco, pois o prazo para atingir o objetivo está próximo (18 anos). A opção é buscar uma renda fixa mais atraente como LCI e Tesouro Direto.
Letícia Camargo, do IBCPF, declara que antes de os pais investirem em algo para os filhos é preciso que eles já tenham construído seu próprio patrimônio.
"Ter ao menos uma casa própria e uma poupança para a aposentadoria também é poupar para os filhos, pois se os pais não tiverem condições de se sustentar na velhice, os filhos terão de fazê-lo", diz.
Veja no quadro abaixo quais são os investimentos indicados pelos economistas para fazer o pé-de-meia do filho.
Fonte: Uol
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