sexta-feira, 31 de julho de 2015

Clientes das TVs pagas que tiverem o serviço interrompido devem se queixar às operadoras

Para quem tem TV por assinatura, o período de férias é ideal para aproveitar os canais ofertados no serviço e relaxar assistindo a filmes ou programas. O problema é que, no Recife, o recesso de julho coincide com o tempo chuvoso. Resultado: muitas pessoas acabam tendo o sinal de transmissão afetado por causa da instabilidade temporal, e o lazer pode se transformar em dor de cabeça e irritação. 

Foi o caso do cliente da GVT Ivson Menezes. Ele teve o sinal interrompido na semana passada e ficou sem alguns canais inclusos no pacote. “Pedi a visita de um técnico, ele veio, fez a troca do aparelho e resolveu o problema, mas fiquei na dúvida se serei reembolsado no mês seguinte”, diz.
Segundo o regulamento da Anatel, se o cliente tiver o serviço interrompido por mais de 30 minutos, ele tem direito a um abatimento ou ressarcimento, em valor proporcional ao da assinatura, correspondente ao período de interrupção.
Mas, para isso, é necessário agir. “Assim que ficar sem sinal, o cliente deve entrar em contato com a empresa para registrar a queixa. Se não reclama, não tem como provar que teve uma ausência de serviço”, pontua a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolcci. Ainda de acordo com ela, o consumidor pode negociar com a empresa de que forma quer ser recompensado. “Ele pode tentar um abatimento na prestação futura ou até mesmo a prorrogação do contrato”, diz.
O Procon-PE afirma que, se o cliente não for atrás de seus direitos, a empresa não vai beneficiá-lo. “Não é hábito do consumidor requerer, mas ele pode e deve. Tem que haver uma provocação, pois, se for esperar que as operadoras, voluntariamente, procedam com uma compensação, isso não vai acontecer”, diz o gerente jurídico do Procon, Roberto Campos. Caso a operadora não acate a proposta de negociação solicitada pelo cliente, ele pode procurar o órgão de defesa do consumidor. 
TRANSMISSÃO 
Procuradas pela reportagem do, a GVT e a Sky informaram que fortes chuvas podem, eventualmente, atrapalhar a recepção de alguns canais. Nenhuma das operadoras esclareceu se, de fato, negocia com o consumidor caso ele se sinta lesado com a ausência do serviço.
O professor do Centro de Informática da UFPE (CIn) Carloz Ferraz quem paga por um serviço de transmissão por fibra óptica pode ter menos problemas. “As fibras não chegam diretamente na casa das pessoas, mas até uma caixa de passagem, como acontece no sistema de telefone, e, dali, se distribui por cabos de cobre. Ela é praticamente imune a problemas como raios e chuvas, mas o trecho de cobre pode sofrer com esse problemas”, explica. 
Já a transmissão via satélite é bem mais instável. “Apesar da grande vantagem da cobertura, como está no ar, tudo o que acontece no ar pode atrapalhar o sinal, mas isso acontece cada vez menos, pois os sistemas estão mais sofisticados”, alega.
Fonte: Idec

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