Os índices que medem a confiança dos consumidores e dos comerciantes voltaram a cair em julho e atingiram o menor nível histórico em julho, de 82 e 89,8 pontos, respectivamente.
De acordo com os dados, revelados nesta sexta-feira (24), pela FGV (Fundação Getulio Vargas), mostram que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) recuou 2,3% e o ICOM (Índice de Confiança do Comércio) caiu 1%. Com as quedas, os dois índices alcançaram o menor valor de suas séries históricas.
No comércio, o indicador que passou a ser analisado em 2005, indica que a percepção dos consumidores sobre a situação atual da economia manteve-se em queda pelo segundo mês consecutivo. O recuo foi puxado pelo maior pessimismo da situação atual (- 5,2%). A expectativa para os próximos meses, por sua vez, caiu 2,4%.
Com o resultado, a proporção de consumidores que avaliam a situação do momento como boa representou 5,1%, enquanto a dos que a consideram ruim atingiu 82,7%. Já o número daqueles que consideram a situação como “normal” somou 12,2%.
Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem, afirma que a queda da confiança do consumidor em 2015 vem sendo influenciada pela insatisfação e pessimismo em relação à economia e piora da situação financeira das famílias.
— Diante deste cenário, o consumidor retrai seu ímpeto para compras diminuindo ainda mais as possibilidades de melhora do cenário atual.
Comércio
Para os comerciantes, a baixa do ICOM ao menor nível desde março de 2010, quando o índice foi inaugurado, foi determinada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses, que apresentou baixa de 4,6%. O recuo foi impactado mias fortemente pelo indicador que mede o grau de otimismo dos empresários em relação à evolução da situação até janeiro.
Em relação ao momento atual, o grau de satisfação com a demanda avançou 6,3% no mês. No entanto, o indicador mostra que a alta não foi generalizada e o varejo restrito vê com pessimismo também o cenário momentâneo.
Segundo o consultor do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, Silvio Sales não há sinalização de melhora da atividade do setor para os próximos meses nos resultados apresentados em julho.
— De modo geral, os indicadores se mantêm em patamar historicamente baixo e as expectativas prosseguem piorando, em linha com o contexto de redução no nível de emprego e desaceleração do consumo doméstico.
Fonte: R7
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