quinta-feira, 23 de julho de 2015

Guia ensina a cortar gastos e sair do vermelho em tempo de crise

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Além de caprichar na pechincha, oito em cada dez brasileiros percebem que é preciso mudar hábitos de consumo em tempos de crise. Pesquisa da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) revela que 84% dos entrevistados pretendem alterar gastos para adequar o orçamento cada vez mais apertado. Despesas com lazer (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%) foram as mais apontadas e que devem ser reduzidas. O DIA montou guia com dicas de especialistas para diminuir alguns gastos mensais em até 30%.

Uma das medidas a ser adotada, segundo o consultor de varejo do Grupo Azo, Marco Quintarelli, é dar prioridade a produtos de marca própria na lista de compras do supermercado. O especialista afirma que principalmente na parte de material de limpeza e descartáveis a diferença de preço, em relação aos de marcas líderes, chega, em média a 25%. Um alvejante que custa R$14,50 sai a R$ 9,49 se for comprada em supermercado que trabalha com marca própria. Já um limpador desengordurante de marca conhecida tem preço de R$ 7,60 e o concorrente sai por R$ 6,65.
“O brasileiro já não tem tanta resistência de comprar os marcas próprias. Os norte-americanos e europeus têm esse costume consolidado”, informa Quintarelli.
Outra iniciativa é fazer compras em grupos, aproveitando os preços mais em conta nos chamados atacarejos. “Os consumidores devem se juntar em família ou entre amigos e fazer compras em quantidade, que acabam saindo mais baratas”, ensina.
Deixar de comer fora de casa é outra maneira de economizar. Pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) mostra que o gasto médio no Rio é de R$ 33,66. O professor de Finanças do Ibmec/RJ, Gilberto Braga, reforça que o gasto com almoço ou jantar fora em restaurante, com refeição completa para três pessoas fica a partir de R$ 100.
“O consumidor pode cortar os excedentes, reduzindo a quantidade. E também comprar menos refrigerantes, frios, e sobremesas mais elaboradas”, ensina Braga.
A aposentada Patrícia Sussuarana, 52 anos, desistiu de comer fora com o marido, hábito que mantinham todo fim de semana, devido ao custo elevado. “Não tem como arcar com essa conta que antes era prazerosa”, comenta.
<CW-6>Deixar o carro na garagem também está na lista de mudança de hábitos deve ser observada. O custo de estacionar por uma hora, na Cinelândia, por exemplo, fica em R$13. A diária vai a R$ 40. Já com gasolina, o custo mensal para quem anda, em média, 40 quilômetros para ir ao trabalho por dia tem um gasto de R$ 279 por mês.

Adequar o pacote da TV a cabo, internet e celular ao perfil de consumo também é uma saída possível para evitar que o orçamento estoure no fim do mês. “As empresas mexem nos pacotes a cada seis meses de olho na conjuntura econômica e na concorrência. Então, vale a pena negociar, levando em conta se o consumidor usa mais internet, celular ou a TV por assinatura”, orienta Gilberto Braga.
Criatividade evita gastos nas férias
As férias escolares são motivo de alegria para os filhos, mas de preocupação para os pais em relação a aumento de gastos. Segundo Gilberto Braga, do Ibmec/RJ, em tempos de crise, vale a pena usar a criatividade. O especialista sugere atividades que pesam menos no bolso, considerando famílias com apenas um filho.
“Almoço ou jantar fora em restaurante, com refeição para três pessoas sai a partir de R$100 e pode ser substituído por piquenique em local aberto ao custo de R$ 40. Já uma hora em brinquedos eletrônicos em shopping (dez fichas) e lanche em fast-food custam de R$55 a R$ 65 e podem ser trocados por aluguel de fita para vídeo game com sanduíche caseiro e suco natural (R$15). Ou também optar entre cinema no shopping, com ingresso, pipoca refrigerante, estacionamento de R$45 a R$ 60 por DVD em casa, com pipoca e suco (R$ 15)”, enumera.
Medo de fazer empréstimos
A pesquisa da Acrefi também mostrou que os consumidores estão com menos intenções de fazer novos financiamentos. Neste caso, 84% das pessoas ouvidas informaram que estão temerosas com as expectativas de futuro. Grande parte delas espera aumento da inflação e do desemprego para os próximos meses.
O estudo revelou que somente 16% dos entrevistados estão dispostos a tomar crédito. Desse total 35% fariam para comprar um carro e outros 28%, uma casa. No levantamento, 66% afirmaram acreditar que a oferta de crédito à população vai piorar. Enquanto 62% mostraram pessimismo em relação ao crescimento do país.
Fonte: O Dia

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