A economia deve ter retração de 1,7%, este ano, de acordo com
projeção de instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco
Central. Na semana passada, a projeção para a queda do Produto Interno
Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, estava
em 1,5%. Essa projeção é do Boletim Focus, publicação semanal,
feita pelo Banco Central, com base em pesquisa a instituições
financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
No
próximo ano, a expectativa é que haja crescimento da economia, mas
apenas de 0,33%. Na semana passada, a estimativa de crescimento era
0,50%.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial
deve ter queda de 5%, este ano. Em 2016, o setor deve se recuperar, com
crescimento de 1,50%, contra 1,40% previsto anteriormente.
Enquanto
a economia encolhe, a inflação sobe. Para as instituições financeiras, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano
em 9,15%, contra 9,12% na projeção anterior. Essa foi a 14ª elevação
seguida na estimativa. Para 2016, houve leve redução de 5,44% para
5,40%.
As estimativas para a inflação estão distantes do centro
da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é que o teto da meta, de
6,5%, seja ultrapassado. O próprio BC projeta inflação em 9%. Ao passar
da meta, o BC tem que enviar carta ao Ministério da Fazenda, explicando
os motivos que levaram à alta da inflação.
Para tentar frear a
alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem
elevado a taxa básica de juros, a Selic. A taxa já foi elevada por seis
vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. A
próxima reunião do comitê está marcada para os dias 28 e 29 deste mês.
Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano e as instituições financeiras
esperam que a taxa chegue a 14,5% ao final deste ano. No final de 2016, a
Selic deve ficar em 12,25% ao ano.
A
taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais
taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o
excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros
básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo,
mas alivia o controle sobre a inflação.
A pesquisa do BC também
traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de
Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,51% para 7,64%,
este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa
passou de 7,42% para 7,46%, em 2015. A estimativa para o Índice de
Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(IPC-Fipe) subiu de 8,60% para 8,72%, este ano.
A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,23, ao final de 2015, e em R$ 3,40, no fim de 2016.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário