O índice de satisfação dos consumidores com as empresas distribuidoras de energia caiu 1,6 este ano em relação a 2014. A satisfação dos consumidores no país no ano passado com as empresas era de 78,9 e este ano ela caiu para 77,3. A redução foi apontada pela 17ª Pesquisa de Satisfação do Cliente Residencial realizada todos os anos pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee).
O presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, disse que o grau de satisfação reduziu um pouco por conta de uma série de fatores. Segundo ele, nas regiões Norte e Sul do país houve a queda, enquanto no Sudeste, o índice se manteve estável e no Nordeste houve uma melhora.
— O fornecimento é o principal motivo, o principal ponto para a redução da satisfação — disse o presidente da Abradee
A pesquisa foi realizada no período entre 21 de fevereiro a 26 de abril de 2015. Foram entrevistados consumidores de 39.905 de residências de 1.280 municípios clientes de 46 empresas. Estas empresas são responsáveis por 98% do fornecimentos de energia do país.
O questionário da pesquisa é dividido em três partes. Na primeira, o consumidor é perguntado sobre sua satisfação com o serviço; depois depois sobre sobre itens de qualidade e problemas de fornecimento, como interrupções; e no final é abordado o problema do aumento de preço e sobre iluminação pública, e uma nova pergunta sobre satisfação.
— A alta de energia tem impacto nos indicadores emocionais, a pesquisa começou em março, quando o consumidor ainda não tinha sofrido o impacto da revisão extraordinária — disse ele.
INADIMPLÊNCIA
O presidente da Abradee disse que a inadimplência do consumidor somente é caracterizada após 90 dias que o pagamento da conta de luz não é feita, por isso ainda é possível fazer uma relação entre inadimplência de contas não pagas e a revisão tarifária extraordinária implantada em 1º de março deste ano. Ele lembrou que as contas com o aumento venceram somente em abril e os 90 dias contam a partir do início deste mês.
— Há uma expectativa de aumento da inadimplência, mas ainda não temos este número apurado — disse.
Outro indicador, segundo ele, nos primeiros meses após o aumento, mas que também ainda não dá para perceber se houve um aumento muito significativo seria o número de cortes de energia, porque os últimos dados são de abril e maio.
Nelson Fonseca Leite porém alertou que apesar da multa da conta de luz ser de 2%, muito menor do que a do cartão de crédito, o consumidor deve ficar atento e procurar a distribuidora para tentar renegociar seus débitos, porque depois de 45 dias o ele “entra em condição de corte” de luz.
Fonte: O Globo
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