quarta-feira, 22 de julho de 2015

Cresce inadiplência em carros financiados e renogociar dívida é opção

<p>Já aumentou em 28% a retomada de veículos por falta de pagamento.</p>Com a crise econômica, as montadoras de veículos têm sofrido com a queda nas vendas e os carros parados nos pátios. Porém, os consumidores também sofrem para pagar os carros comprados em várias prestações.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, as empresas que atuam na recuperação de crédito estão reduzindo os prazos para cobrar consumidores em atraso e estão aumentando em até 28% a retomada de veículos por inadimplência. Tanto que na Paschoalotto, uma das maiores da área, só no primeiro semestre de 2015 foram retomados 6.034 veículos, alta de 20%.
"Não só por meio da Justiça. O número de clientes que entregaram os veículos espontaneamente, porque sabiam que não teriam como quitar o financiamento, também aumentou 20% no período", explica Eric Garmes de Oliveira, vice-presidente da empresa. "É um sinal forte da crise, porque, mesmo após pagarem entrada e uma ou duas parcelas, entregaram o carro, após serem cobrados por telefone e e-mail".
Essa dificuldade se relaciona com outro fator que revela a crise que a economia está vivendo: o aumento do desemprego. "O consumidor também está fazendo um ajuste. Se ele perde o emprego e tem renda menor, prioriza o que vai conseguir pagar", diz ao jornal o economista-chefe da Acrefi, que reúne instituições de crédito e financeiras, Nicola Tingas.
Ainda de acordo com a Folha, o tempo para cobrar os devedores com atrasos menores caiu de 30 para 5 dias, segundo as empresas da área. Porém, esse é um momento em que os consumidores podem renegociar a dívida e, assim, manter as contas em dia e o veículo na garagem.
A reportagem da Folha falou com Claudio Kawasaki, presidente da Siscom. "Ele tem uma abertura maior para renegociar. Cada contrato é analisado individualmente, mas temos notado que, na faixa de inadimplência acima de 90 dias, as renegociações trazem juros menores e parcelas maiores", avalia.
Antes de entregar o veículo, a reportagem da Folha analisa que o melhor é analisar juros, multas e taxas do contrato e verificar a possibilidade de renegociar as dívidas para evitar perder o valor já pago. "Os bancos e as financeiras têm muito mais interesse em renegociar a dívida do que receber de volta o carro já usado e desvalorizado. Há espaço para negociar", afirma ao jornal Renata Reis, coordenadora de atendimento da Fundação Procon SP.
A especialista ainda explica que os inadimplentes têm de ter seus direitos respeitados. "Não podem ser constrangidos no trabalho. Não dá para ligar para o chefe e falar que o funcionário é caloteiro ou revelar o valor da dívida".
Fonte: MSN

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