terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tomate deixa cesta básica mais cara na maior parte do País

Alimento subiu em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese
O tomate apertou o bolso do consumidor brasileiro em julho, e o preço da cesta básica no período ficou mais caro em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgadas nesta segunda-feira.
As chuvas e o frio comprometeram a produção do alimento nos últimos meses e o
custo foi repassado aos consumidores. Em Belo Horizonte, o preço mais que dobrou (121,34%). Outras grandes elevações foram observadas no Rio Janeiro (98,89%) e em Vitória (86,85%).
Outros vilões da elevação do custo do pacote de produtos essenciais foram o pão francês, óleo de soja e o  arroz.
Dentre as 17 capitais pesquisadas, os moradores de Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%) foram os que mais precisaram desembolsar dinheiro para adquirir o conjunto de alimentos e produtos básicos.
Já as menores altas foram sentidas em João Pessoa (aumento de 1,61%) e Manaus (ata de 1,95%).
O resultado de julho foi inferior ao mês de junho, quando 14 das 17 capitais apresentaram alta dos preços.
Desta vez, o pacote mais caro foi verificado em Porto Alegre, cujo custo médio de R$ 299,96 superou em centavos a cesta de São Paulo (R$ 299,39), até então a mais cara desde o começo do ano.
Em seguida, os preços mais salgados foram registrados em Vitória (R$ 290,80) e Rio de Janeiro (R$ 290,64).
Já os menores valores foram apurados em Aracaju (R$ 208,14), Salvador (R$ 218,78) e João Pessoa (R$ 233,25).
Alimentos mais caros
O pãozinho ficou mais caro em 13 capitais no mês de julho, com destaque para Fortaleza (3,03%), João Pessoa (1,93%), São Paulo (1,24%) e Goiânia (1,21%).
O óleo de soja também encareceu em 13 cidades, com maiores variações em Brasília (7,43%), Aracaju (3,19%) e São Paulo (1,89%).
O arroz pesou mais no bolso de moradores de 12 capitais, com destaque para Brasília (13,54%).
Salário mínimo necessário
Em julho, o brasileiro que ganha o salário mínimo (R$ 622) precisou de 92 horas e 48 minutos  — quase quatro dias  — para comprar a cesta básica do mês. O preço do pacote de alimentos e produtos básicos corresponde a 45,85% do salário líquido (descontada a Previdência) do trabalhador que ganha o mínimo.
Já em
junho, a cesta absorvia 43,98% do salário, ou seja, um valor inferior ao de julho.
Para estimar o valor ideal do
salário mínimo, capaz de atender às necessidades básicas do trabalhador, os técnicos do Dieese levam em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos — que em julho ocorreu em Porto Alegre (R$ 299,96).
O Dieese considera também a premissa básica da Constituição de que o menor salário pago deve suprir as despesas de um trabalhador e a respectiva família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência.
Para atender a essas necessidades, em julho, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.519,97, o que corresponde a 4,05 vezes o mínimo em vigor (R$ 622).
No mês anterior, o mínimo necessário chegava a R$ 2.416,38, (3,88 vezes o valor vigente), e em julho de 2011, o piso nacional deveria atingir R$ 2.212,66, ou 4,06 vezes o mínimo da época (R$ 545).
Veja o valor da cesta básica nas capitais:
Belo Horizonte - R$ 288,26
Rio de Janeiro - R$ 290,64
Porto Alegre  - R$ 299,96
Brasília - R$ 275,58
Goiânia - R$ 258,66
Vitória - R$ 290,80
Natal - R$ 245,17
Aracaju - R$ 208,14
São Paulo - R$ 299,39
Belém R$ 259,89
Recife - R$ 237,66
Salvador - R$ 218,78
Florianópolis - R$ 266,38
Curitiba - R$ 268,00
Fortaleza - R$ 240,80
Manaus - R$ 279,06
João Pessoa - R$ 233,25

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