As medidas adotadas pelo governo em maio, como a redução
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para estimular a
indústria automotiva mostraram resultado positivo. De maio a junho, as
vendas de veículos passaram de 280 mil para 353 mil, segundo o ministro
da Fazenda, Guido Mantega.
“Houve reação forte”, disse o ministro.
A previsão para mês de julho, continuou Mantega, é de crescimento
maior. “Em julho, a previsão é que se tenha vendido 360 mil veículos. Se
isso ocorrer, porque até agora foram vendidos cerca de 340 mil, esse
será o melhor julho da série histórica, ou seja, será o maior volume de
vendas para este mês.”
Mantega disse, no entanto, que o governo não pretende prorrogar o IPI reduzido para carros após agosto.
Mantega
disse que as empresas automobilísticas não deixaram de cumprir o acordo
firmado com o governo, de não demitir funcionários e manter os
investimentos. Segundo o ministro, de 2012 até 2015, o setor deve
investir R$ 22 bilhões.
“Isso só vai ocorrer se o mercado de
veículos estiver crescendo, se houver vendas de veículos, se houver
exportações, se tivermos condições de competitividade. Para dar essa
competitividade, para dar esse impulso ao mercado que tinha se contraído
por causa da indústria internacional, tomamos estas medidas.”
Mantega
comentou ainda sobre as demissões previstas na General Motors (GM).
Segundo ele, a montadora não descumpriu a contrapartida acertada com o
governo e o problema na fábrica de São José dos Campos (SP) é pontual.
“Verificamos
os números da GM, estamos vendo que ela está com um saldo positivo de
empregos, ou seja, está contratando”, disse. “A GM mostrou os dados e
no conjunto das fábricas há aumento de empregos. Há problemas
localizados na fábrica em São José dos Campos e não cabe ao governo
entrar neste tipo de detalhe, é uma questão de administração interna”,
acrescentou.
Desde que o governo adotou medidas para conter a
importação de veículos e fortalecer o mercado nacional, caiu as
importações de veículos, segundo Mantega. “Em junho, houve uma queda de
importação de 30%. Com isso, o mercado volta a ser ocupado pelas
empresas nacionais.”
O diretor de Assuntos Institucionais da GM e
vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse que o compromisso com a
manutenção dos postos de trabalho no setor está mantido.“A indústria
reafirma a sua disposição em cumprir todos os compromissos assumidos com
o governo, inclusive a manutenção do emprego.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário