A presidente Dilma Rousseff defendeu o aumento do padrão de segurança
nos carros brasileiros para reduzir o número de mortes no trânsito e
pediu a contribuição da indústria automobilística para isso. Dilma, que
discursou na cerimônia de lançamento da campanha de trânsito permanente
no Palácio do Planalto, vestia sobre sua roupa uma camiseta que
estampava a foto de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães,
que morreu atropelado em julho 2010. O ministro das Cidades, Agnaldo
Ribeiro, por sua vez, anunciou que a meta do governo é reduzir em 50% o
número de mortes no trânsito até 2020, pela proposta Organização das
Nações Unidas (ONU).
"Precisamos de uma relação
de cooperação com a indústria para elevar o padrão de segurança nos
nossos automóveis", afirmou a presidente, após lembrar que a maior taxa
de mortalidade atinge os jovens e muitos destes acidentes ocorrem com
motos.
Dilma concordou com a fala de Cissa Guimarães, que
pediu o endurecimento da penalização de quem mata no trânsito. "Quem
comete homicídio não vai para a prisão porque pena de quatro anos não
leva ninguém para a cadeia e aí se tem a certeza da impunidade", disse
Cissa.
Ao discursar, Dilma citou a fala de Cissa e pregou
endurecimento dos penas. Ela afirmou que é preciso haver
"correspondência entre a realidade e a legislação" e disse que é
"obrigação do governo" fazer este pacto pela redução de mortes.
Dilma
disse ainda que o governo federal "está fazendo sua parte" no combate
às mortes no trânsito, ao aumentar o número de estradas, ao duplicá-las e
ao investir em mobilidade urbana em grandes cidades. A presidente pediu
também o envolvimento dos governos estaduais e dos prefeitos das
grandes cidades e dos cidadãos em geral neste pacto para que se possa
"exercitar a solidariedade e a prudência" no trânsito.
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