O gasto com transporte privado é, em média, cinco vezes
maior do que com o público. Ao menos, é o que revela estudo feito pelo
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta
quinta-feira (20).
De acordo com o levantamento, os dados da POF (Pesquisa de Orçamento
Familiar) de 2009 concluem que os moradores das capitais das nove
regiões metropolitanas estudadas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém –
comprometem cerca de 12,65% da renda com transporte privado, enquanto o
transporte público representa 2,58% das despesas.
No geral, os brasileiros destas regiões gastam 15,23% do orçamento
com transporte. Além disso, aponta o estudo, os moradores das capitais
gastam mais com deslocamento urbano do que os moradores das cidades que
se localizam no entorno da metrópole e das outras cidades do Estado.
Veja na tabela abaixo os gastos com transportes:
Local | Transporte Público | Transporte Privado | Total |
---|---|---|---|
Fonte: Ipea/POF 2009 | |||
Capital (Região metropolitana) | 2,89% | 10,99% | 13,88% |
Outras cidades da região metropolitana | 4,36% | 12,07% | 16,43% |
Outras cidades | 1,66% | 14,24% | 15,90% |
Total | 2,58% | 12,65% | 15,23% |
O menor comprometimento orçamentário das famílias das capitais com
transporte indica melhores condições de mobilidade e de inserção social
das mesmas.
Transporte público
O transporte público atinge mais o orçamento das famílias que moram na cidade do que o transporte privado, revelam os dados. Nas capitais, 68% dos moradores gastam com transporte público, contra 48% do transporte privado. Na região metropolitana, 67% comprometem o orçamento com público e 42% com o privado. Somente nas outras cidades do estado que esse quadro se inverte. A maioria (57%) gasta mais com transporte privado e 37% dos moradores com o público.
O transporte público atinge mais o orçamento das famílias que moram na cidade do que o transporte privado, revelam os dados. Nas capitais, 68% dos moradores gastam com transporte público, contra 48% do transporte privado. Na região metropolitana, 67% comprometem o orçamento com público e 42% com o privado. Somente nas outras cidades do estado que esse quadro se inverte. A maioria (57%) gasta mais com transporte privado e 37% dos moradores com o público.
Quanto à modalidade de transporte, os serviços de ônibus são os com
maiores gastos da população urbana. Enquanto o mototáxi é o de menor
custo. Na capital, os gastos com ônibus são de 78,4%, seguido por
ferrovias (3,8%), alternativos (5,1%), táxi (12,1%) e mototáxi (0,4%).
Já nas outras cidades da região mentropolitana, as porcentagens para
essas modalidades são de 88,0%, 4,7%, 3,7%, 2,5% e 0,7%,
respectivamente.
Nos demais municípios, o mototáxi apresenta gastos ligeiramente mais
elevados, enquanto as ferrovias caem. O comprometimento do orçamento com
essas modalidades é de 3,2% e 0,3%, respectivamente. Os ônibus ficaram
com 77,6%, os alternativos com 11,5% e o táxi com 7,3%.
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