quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Gasto com transporte privado é cinco vezes maior do que com público

O gasto com transporte privado é, em média, cinco vezes maior do que  com o público. Ao menos, é o que revela estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta quinta-feira (20). 
De acordo com o levantamento, os dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) de 2009 concluem que os moradores das capitais das nove regiões metropolitanas estudadas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém – comprometem cerca de 12,65% da renda com transporte privado, enquanto o transporte público representa 2,58% das despesas.
No geral, os brasileiros destas regiões gastam 15,23% do orçamento com transporte. Além disso,  aponta o estudo, os moradores das capitais gastam mais com deslocamento urbano do que os moradores das cidades que se localizam no entorno da metrópole e das outras cidades do Estado. Veja na tabela abaixo os gastos com transportes:
Participação da renda com transporte urbano
Local Transporte Público Transporte Privado Total
Fonte: Ipea/POF 2009
Capital (Região metropolitana) 2,89% 10,99% 13,88%
Outras cidades da região metropolitana 4,36% 12,07% 16,43%
Outras cidades 1,66% 14,24% 15,90%
Total 2,58% 12,65% 15,23%
O menor comprometimento orçamentário das famílias das capitais com transporte indica melhores condições de mobilidade e de inserção social das mesmas.
Transporte público
O transporte público atinge mais o orçamento das famílias que moram na cidade do que o transporte privado, revelam os dados. Nas capitais,  68% dos moradores gastam com transporte público, contra 48% do transporte privado. Na região metropolitana, 67% comprometem o orçamento com público e 42% com o privado. Somente nas outras cidades do estado que esse quadro se inverte. A maioria (57%) gasta mais com transporte privado e 37% dos moradores com o público.
Quanto à modalidade de transporte, os serviços de ônibus são os com maiores gastos da população urbana. Enquanto o mototáxi é o de menor custo. Na capital, os gastos com ônibus são de 78,4%, seguido por ferrovias (3,8%), alternativos (5,1%), táxi (12,1%) e mototáxi (0,4%). Já nas outras cidades da região mentropolitana, as porcentagens para essas modalidades são de 88,0%, 4,7%, 3,7%, 2,5% e 0,7%, respectivamente.
Nos demais municípios, o mototáxi apresenta gastos ligeiramente mais elevados, enquanto as ferrovias caem. O comprometimento do orçamento com essas modalidades é de 3,2% e 0,3%, respectivamente. Os ônibus ficaram com 77,6%, os alternativos com 11,5% e o táxi com 7,3%.

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