Passagens
aéreas, ingressos de cinema, créditos para pagamento de faturas e
produtos que vão de panelas a celulares de última geração. São inúmeras
as ofertas de brindes para quem participa dos programas de pontos dos
cartões de crédito. Mas entrar no "mundo das vantagens" pode virar uma
grande desvantagem, dependendo do perfil de consumo do cliente.
Um
levantamento feito pelo EXTRA mostra que, para quem usa os chamados
cartões de entrada do mercado — aqueles mais simples, normalmente para
gastos apenas dentro do Brasil —, o valor da anuidade pode triplicar
somente pelo fato de o modelo escolhido fazer parte dos programas de
bônus.
Isso
porque, desde 2011, o Banco Central (BC) exige que todas as
instituições ofereçam uma opção de cartão básico, que não pode estar
atrelada a benefícios por pontos e deve ter a anuidade mais barata do
que a dos outros modelos. Em geral, esses cartões custam aos clientes
entre R$ 42 e R$ 52 por ano, enquanto a anuidade dos que permitem
acúmulo de pontos para trocar por brindes varia de R$ 70 a R$ 130.
A
maior diferença foi encontrada no Bradesco. Enquanto o Visa Nacional
Standard — o básico do banco — sai a R$ 42 por ano, a opção Visa
Nacional custa 200% mais, R$ 126, exatamente o triplo do valor. A
diferença entre os dois modelos, porém, é que o mais caro faz parte do
Bônus Clube, que permite a troca por prêmios a cada três meses, conforme
o valor gasto pelo titular.
—
Os bancos são obrigados a oferecer o cartão básico, mas nem sempre isso
é feito de boa vontade. Em geral, tentam empurrar as opções mais caras.
Para algumas pessoas, vale a pena, para outras, não — ressalta o
professor de Finanças do Ibmec Gilberto Braga: — O volume usual de
gastos é o mais importante para o cliente analisar na hora de escolher o
cartão. Para conseguir, de fato, usufruir do bônus, é preciso ter um
acúmulo de pontos muito alto, que nem todos conseguem atingir.
Fonte: Extra - online
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