A Fundação Procon-SP está contestando a proposta que a
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tem apresentado em
audiências públicas sobre a implantação de sistemas pré e pós-pagos
para o pagamento da energia elétrica.
Na opinião do diretor executivo da entidade, Paulo Arthur Góes, a
proposta da Agência não considera a modicidade tarifária, a
continuidade do serviço, além de não incluir um processo de transição e
avaliação para a mudança. “Inovações não podem acentuar o desequilíbrio
entre consumidores e concessionária e não temos convicção de que os
consumidores não ficarão em situação de maior desvantagem com as
mudanças”, diz .
De acordo com o Procon-SP, o pré-pagamento eletrônico permite que o
consumidor compre um montante de energia elétrica antes de consumi-la.
Já o pós-pagamento eletrônico armazena as informações relativas ao
gasto de energia elétrica do consumidor e as consolida em dispositivo
eletrônico que irá viabilizar o posterior pagamento.
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da
Justiça) também manifesta preocupação com o sistema. Para a Secretaria,
entre os pontos críticos, chama a atenção a possibilidade de o
consumidor ter o serviço interrompido imediatamente quando os crédito
comprados acabarem, o que não atende o caráter de serviço essencial da
energia elétrica.
Serviços privados
Além dos novos sistemas de pagamento da conta de luz, o Procon-SP contesta a possibilidade da Aneel permitir a cobrança de serviços privados que não estão relacionados ao setor de energia elétrica, como seguro de vida ou cartões de descontos na fatura mensal da conta de luz.
Além dos novos sistemas de pagamento da conta de luz, o Procon-SP contesta a possibilidade da Aneel permitir a cobrança de serviços privados que não estão relacionados ao setor de energia elétrica, como seguro de vida ou cartões de descontos na fatura mensal da conta de luz.
A preocupação ocorre por conta da vulnerabilidade do consumidor,
ainda que a agência reguladora garanta que a inclusão só será feita com
permissão do cliente.
“Atrelar à fatura de energia a oferta de serviços é uma estratégia
de negócio que vai em sentido contrário aos princípios que devem reger
as relações de consumo, em especial a transparência e a vulnerabilidade
do consumidor”, ressalta Góes.
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