A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) teve queda de 0,9% no mês de fevereiro, em relação a janeiro. Além disso, quando comparado com o mesmo período de 2013, o índice caiu 4,2%. O maior comprometimento da renda no início do ano com gastos relacionados a transporte, moradia e educação influenciou o resultado em fevereiro.
O levantamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), mostra que o mês passado já havia apresentado retração de 3% em relação a janeiro de 2013.
O economista da CNC, Bruno Fernandes, explica que uma série de fatores ajudaram a manter a intenção de consumo em baixa. “O aumento sazonal dos gastos no início do ano, além da manutenção de um elevado nível de endividamento e maior dificuldade de aquisição de crédito, manteve a intenção de consumo em um ritmo inferior ao do ano passado.”
Na comparação anual, a variação negativa foi puxada por todos os componentes da pesquisa. O nível elevado de endividamento e crédito mais caro vem se refletindo em uma maior moderação do consumo no período.
Renda
Por faixas de renda, os cortes mostram que o resultado do índice na comparação mensal foi sustentado principalmente pela queda da confiança das famílias com renda até dez salários mínimos, com recuo de 1,1%.
As famílias com renda acima dez salários mínimos apresentaram crescimento (0,1%). O índice das famílias mais ricas encontra-se em 133,1 pontos, e o das demais, em 129,3 pontos. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 5% em 2014.
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