Estava
previsto para ontem (18/02) o início da votação no Plenário da Câmara
dos Deputados do Projeto de Lei 2126/11, que dispõe sobre o uso da
internet no Brasil – o chamado Marco Civil da Internet. Uma vez mais, no
entanto, deu-se o adiamento desse importante processo. Trata-se de um
importante marco regulatório para a garantia dos direitos dos
consumidores e da liberdade no acesso à internet.
O
Procon-SP, que participou de audiências públicas sobre o tema, destaca
que será essencial, em primeiro plano, resguardar a privacidade e
segurança dos dados dos consumidores, em respeito aos princípios e
direitos constitucionais.
Quanto
ao uso da internet, outro aspecto de extrema relevância defendido pelo
Procon-SP é a chamada neutralidade da rede, prevista no texto atual do
projeto. Garantir a neutralidade da rede significa conserva a
possibilidade de o consumidor acessar todo o conteúdo da internet,
independentemente do pacote de dados contratado.
Considerado
um dos pontos mais debatidos do projeto, a manutenção da neutralidade
da rede visa evitar que os consumidores sejam tratados de forma
diferenciada pelas empresas de telecomunicações, em razão do valor pago
para o acesso à internet. Sem a preservação de uma rede neutra haverá a
interferência direta das empresas do setor na experiência do consumidor
ao navegar pela rede, com base em formas de discriminação ao acesso,
modeladas a partir da capacidade de pagamento de quem faz uso dela,
segundo critérios de segmentação de mercado (conteúdos e
funcionalidades) e mediante a oferta de velocidades distintas de
tráfego.
Após
a votação pelo Plenário da Câmara dos Deputados o projeto seguirá para
votação no Senado Federal. Nessa trajetória, será fundamental o efetivo
envolvimento dos consumidores, demonstrando de forma clara que não
pretendem ver criadas barreiras econômicas ao livre uso da internet. É
momento de se manifestar, de cobrar postura correta dos parlamentares,
no sentido da garantia desse contexto mais justo e democrático, no
funcionamento da rede, em nosso país.
O
Procon-SP continuará acompanhando o tema e os resultados das votações e
se manifestará para defender os direitos fundamentais e os princípios
da Política Nacional das Relações de Consumo, entre os quais destacam-se
a vulnerabilidade, o respeito à dignidade e a proteção dos interesses
dos consumidores – de todos eles, indistintamente, vale destacar.
Fonte: Procon SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário