terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Maus hábitos financeiros são maior causa de inadimplência


O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplência – recuou 1,8% no primeiro mês do ano na comparação com dezembro de 2013, segundo a Boa Vista Serviços. Apesar disso, o Indicador de Risco de Crédito dos Consumidores (IRC), que calcula o risco mediano dos consumidores que buscaram crédito no mercado nos últimos 12 meses, revelou que houve diminuição de 1,7% do risco desses consumidores se tornarem inadimplentes no 4º trimestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Alguns fatores como desemprego e aumento do volume de crédito no mercado são apontados como causas do superendividamento.Um estudo recente do Banco Central (BC) revelou que o endividamento já compromete 44,82% da renda das famílias brasileiras.
Os economistas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgaram uma avaliação com dados obtidos pelo cruzamento de pesquisas divulgadas pelo SPC ao longo de 2013, todas encomendadas com o intuito de entender a relação do consumidor adulto brasileiro com o próprio dinheiro. A principal conclusão dos especialistas é que a situação de inadimplência no Brasil — ao contrário do que muitos pensam — está relacionada a maus hábitos de planejamento financeiro, e nem sempre à renda baixa. Como apontam as pesquisas, existe descontrole financeiro e inadimplência mesmo entre as famílias de renda elevada.
Dados de quatro estudos indicam que pessoas com contas em atraso não têm necessariamente renda menor do que aquelas que pagam os compromissos em dia. Uma pesquisa encomendada em agosto de 2013 para traçar o perfil do consumidor inadimplente no país revelou que 16% da amostra de pessoas com contas em atraso há mais de 90 dias pertenciam às classes D e E (renda familiar inferior a R$ 905 por mês). No entanto, ao avaliar essa mesma concentração de consumidores de menor renda (classes D e E) entre a amostra de adimplentes, o percentual subiu para 22%.
Fonte: Uol - Consumidor Moderno

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