País enfrenta uma de suas maiores crises de abastecimento de água e
energia — mas consumo consciente está longe de fazer parte da rotina da
população
No sábado, comemorou o Dia Mundial da Água num período em que a falta de chuvas nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste compromete o abastecimento de eletricidade e água. Ainda que o governo não reconheça a necessidade de racionamento, há empresas que intensificaram a conscientização, como a Sabesp, em São Paulo, que oferecerá até o final deste ano descontos na conta de água às famílias que conseguirem economizar.
No sábado, comemorou o Dia Mundial da Água num período em que a falta de chuvas nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste compromete o abastecimento de eletricidade e água. Ainda que o governo não reconheça a necessidade de racionamento, há empresas que intensificaram a conscientização, como a Sabesp, em São Paulo, que oferecerá até o final deste ano descontos na conta de água às famílias que conseguirem economizar.
Os problemas de abastecimento do
Brasil, que conta conta com 13% da água potável do mundo, deixariam
qualquer habitante de Israel, por exemplo, completamente aturdido. No
Oriente Médio, a vegetação desértica e a falta de recursos hídricos
fazem com que a água se torne tão valiosa quanto o petróleo. Contudo, a
escassez fez com que o país desenvolvesse a mais alta tecnologia de
dessalinização e tratamento de água. Em Tel-Aviv, por exemplo, quase
toda a água tratada é reaproveitada para irrigação no deserto. “Apesar
de estarmos em uma região tão desprivilegiada neste aspecto, os cidadãos
de Israel dão máxima importância a jardins e vegetações, que são
abundantes em todas as cidades. O uso racional da água está incorporado
ao dia a dia. Não se cuida da água por medo, mas por educação", afirma o
estudante brasileiro David John Gruberger, que vive na capital
israelense.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de a
América Latina como um todo, e de o Brasil em particular, apresentarem
elevados níveis de cobertura de água potável e saneamento básico, a
ineficiência na gestão dos recursos hídricos faz com que o
desabastecimento ocorra em algumas regiões. Além disso, o organismo
também aponta que cerca de 40% do potencial hídrico é desperdiçado.
Alguns especialistas argumentam que se a conta de água fosse mais cara, o
consumo seria mais racional. O preço da tarifa de água e saneamento no
Brasil é considerado baixo para os padrões internacionais. Segundo a
Global Water Intelligence, enquanto a tarifa média no país está em torno
de 1,50 dólar por metro cúbico, na Dinamarca, por exemplo, o valor é
cinco vezes maior.
Fonte: Veja - online
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