Por
causa dos gastos típicos de início de ano, como escola, impostos e
férias, as famílias aumentaram a procura, em fevereiro, por duas
modalidades de crédito que estão entre as mais caras do mercado
financeiro: o cartão de crédito rotativo e o cheque especial. Os dados
são do Banco Central (BC).
"Há
uma sazonalidade em termos de crédito rotativo [do cartão de crédito].
Ele recua em dezembro de forma significativa", explicou o chefe do
Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. "As pessoas usam essa renda
adicional do 13º salário e do final de ano para sair do rotativo e do
cheque especial. Todos os anos, em dezembro, a gente observa uma queda
deste saldo, que volta a crescer gradualmente em janeiro e fevereiro. A
retomada gradual acontece por causa dos compromissos do início de ano."
De
acordo com o BC, o volume total de crédito do cheque especial em
mercado somou R$ 22 bilhões em fevereiro, com alta de 1,2% frente ao
patamar de janeiro (R$ 21,74 bilhões). No acumulado deste ano, a alta
foi maior ainda, de 8,8%, visto que o estoque somava R$ 20,2 bilhões no
fechamento do ano passado. Os juros do cheque especial estão entre os
mais caros do mercado. Em fevereiro, somaram 156,6% ao ano, em
comparação com 41,2% da média de todas as modalidades para as pessoas
físicas, informou o BC.
No
caso do cartão de crédito rotativo, a procura das famílias foi maior
ainda neste começo de ano. Em fevereiro, o estoque em mercado somou R$
27,82 bilhões, com alta de 6,4% no mês e de 9,2% no acumulado do
primeiro bimestre. O BC não calcula os juros dos bancos nas operações
com cartão de crédito rotativo. Mas segundo dados da Associação Nacional
dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a
taxa somou 216,59% em fevereiro deste ano - valor extremamente elevado.
Cai procura pelo cartão de crédito a vista
Os números do Banco Central mostram também que a procura pelo cartão de crédito a vista caiu fortemente em fevereiro, com o estoque (volume total no mercado) somando R$ 100,5 bilhões, contra R$ 106,9 bilhões no fim de janeiro e R$ 108,4 bilhões no fechamento de 2013. Isso quer dizer que a demanda foi menor no mês passado. Nesta modalidade, o cliente usa o cartão e quita o valor integralmente na data do pagamento, sem a incidência de juros.
Os números do Banco Central mostram também que a procura pelo cartão de crédito a vista caiu fortemente em fevereiro, com o estoque (volume total no mercado) somando R$ 100,5 bilhões, contra R$ 106,9 bilhões no fim de janeiro e R$ 108,4 bilhões no fechamento de 2013. Isso quer dizer que a demanda foi menor no mês passado. Nesta modalidade, o cliente usa o cartão e quita o valor integralmente na data do pagamento, sem a incidência de juros.
A
menor procura pelo cartão de crédito a vista impactou todo o volume de
crédito bancário, para as pessoas físicas, que recuou em fevereiro após
11 meses de crescimento. Neste caso, o estoque total de empréstimos
bancários para as famílias caiu 0,3% em fevereiro deste ano, para R$
747,18 bilhões, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta
quarta-feira (26). Em janeiro, o estoque do crédito para as pessoas
físicas estava em R$ 749 bilhões.
"Dezembro
e janeiro são meses festivos ainda, nos quais há 13º salário e férias.
Há uma maior disponibilidade de recursos e, com isso, as pessoas usam
mais o cartão de crédito a vista [que não incidem juros, porque o valor é
quitado no mês subsequente]. Em fevereiro, o saldo recua. Com isso,
houve retração dos empréstimos para as famílias em fevereiro", informou
Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
Fonte: G1
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