Empresas de telefonia alegam que terão pouco tempo para instalar e testar equipamentos
Os torcedores que forem assistir ao primeiro jogo da Copa do Mundo deste ano, na Arena Corinthians, conhecida como Itaquerão, poderão ter problemas para falar ao celular ou usar a internet móvel durante a partida. Isso porque as empresas de telefonia alegam que terão pouco tempo para instalar e testar os equipamentos necessários para aumentar a capacidade de tráfego de comunicação.
Os torcedores que forem assistir ao primeiro jogo da Copa do Mundo deste ano, na Arena Corinthians, conhecida como Itaquerão, poderão ter problemas para falar ao celular ou usar a internet móvel durante a partida. Isso porque as empresas de telefonia alegam que terão pouco tempo para instalar e testar os equipamentos necessários para aumentar a capacidade de tráfego de comunicação.
“Nós precisaríamos de
120 dias e estamos há menos de 90 dias da abertura da Copa, então vamos
ter que correr muito com o projeto lá, pois não podemos entrar para
fazer o serviço porque a arena está em obras e só podemos colocar os
equipamentos depois que estiver tudo pronto”, explicou à Agência Brasil o
diretor executivo do SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas
de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), Eduardo Levy. A
instalação dos equipamentos é responsabilidade das operadoras de
telefonia.
O acordo comercial para a instalação da
infraestrutura indoor já foi fechado com a administração do estádio, mas
as empresas alegam que o prazo será apertado, especialmente por causa
de possíveis imprevistos, como tubulações obstruídas ou mudanças no
projeto.
— É possível que não tenhamos a rede do estádio
totalmente preparada para a capacidade total, mas vamos torcer que não,
vamos continuar trabalhando.
Tecnologia 4G não estará disponível para estrangeiros no Copa
Procurou, a diretoria do Corinthians não se posicionou sobre o atraso na instalação dos equipamentos de telecomunicações.
Em
novembro do ano passado, a queda de um guindaste nas obras do Itaquerão
matou dois operários e atrasou o cronograma de entrega do estádio. A
empresa Odebrecht, encarregada das obras, disse que o acidente não
provocou atraso nenhum na instalação da telefonia móvel na Arena
Corinthians. “O serviço não está no nosso escopo”.
Arena da Baixada
Outro
estádio que poderá ter problemas de comunicação durante a Copa é a
Arena da Baixada, em Curitiba, que também teve o acordo comercial
fechado recentemente.
A cobertura indoor está em fase de
ajustes finais em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de
Janeiro e Salvador. Em Cuiabá, Manaus, Natal e Porto Alegre,os acordos
comerciais foram fechados e já começou o processo de instalação.
Em
cada estádio, são cerca de 300 miniantenas instaladas para reforçar a
capacidade de transmissão de voz e dados. Com a cobertura indoor, que
atenderá aos serviços de voz e dados nas tecnologias 2G, 3G e 4G, os
torcedores dependerão menos das antenas externas convencionais, que
encontram dificuldade para alcançar os sinais por causa das estruturas
de concreto dos estádios.
As empresas também estão
instalando rede wi-fi para o usuário poder acessar a internet
gratuitamente dentro dos estádios. O acesso será livre e sem senhas — é
só ativar o wi-fi do smartphone.
Dos 12 estádios que sediarão
jogos da Copa, os de Brasília, Cuiabá, Manaus, Porto Alegre, do Rio de
Janeiro e de Salvador já autorizaram a instalação e os demais ainda não
autorizaram.
Na Copa das Confederações, em junho do ano
passado, muitos torcedores reclamaram por não conseguir contato
telefônico ou usar a internet durante os jogos. Segundo Levy, a falta de
tempo para instalar foi a causa dos problemas.
“Apesar de
termos corrido muito, em alguns estádios, como o Maracanã, tivemos 47
dias para fazer o projeto inteiro, quando tínhamos pedido 150 dias.
Fazer um projeto nesse prazo gera, muitas vezes, falta de tempo para
fazer testes, a colocação de algumas antenas adicionais”, explica.
Para
a instalação da cobertura indoor, as prestadoras Claro, Oi, Nextel, TIM
e Vivo fizeram uma parceria. Será implantado um projeto único, com
investimentos e infraestrutura compartilhada.
Pelo projeto, os
equipamentos das empresas ficam instalados em uma sala e dali parte uma
rede de fibras ópticas que ligará pequenas antenas distribuídas ao
longo do estádio para garantir cobertura nas arquibancadas, nos
camarotes, vestiários, corredores, nas praças de acesso e nos
estacionamentos. No entorno dos estádios, as empresas vão colocar
estruturas móveis para dar suporte à rede.
O total de
investimentos previstos para os 12 estádios é R$ 200 milhões para a
colocação da cobertura indoor, que não faz parte dos requisitos da Fifa
(Federação Internacional de Futebol) para os estádios, nem das
obrigações previstas nos editais da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações).
Fonte: R7
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