A taxa do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) de
fevereiro, de 0,45%, permaneceu abaixo da inflação média apurada entre
as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. O Índice de
Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,66% no mês
passado. Ambos são calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A
taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 acelerou de 4,70% até
janeiro para 5,00% até fevereiro de 2014, mas também segue em patamar
inferior em relação ao IPC-BR, que subiu 5,95% em igual período. Apesar
disso, grupos como Educação, Leitura e Recreação e Despesas Diversas no
IPC-C1 ficaram pressionados acima do índice geral, com taxas de 6,78% e
8,69%, respectivamente.
Em
fevereiro, a desaceleração na leitura mensal ocorreu em quatro das oito
classes de despesa pesquisadas. Os destaques foram Despesas Diversas
(3,80% para 1,14%), Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 0,39%) e
Habitação (0,56% para 0,47%). Os resultados foram puxados pelos itens
cigarros (6,59% para 1,69%), cursos formais (9,29% para 0,00%) e aluguel
residencial (0,84% para 0,49%), respectivamente.
Os alimentos
também desaceleraram na passagem de janeiro para fevereiro, de 0,80%
para 0,47%. Segundo a FGV, os preços das carnes bovinas foram os que
mais contribuíram para esse movimento, com alta de 0,57%, após subir
1,75%. Outros alimentos aparecem com grande influência negativa, como
batata-inglesa (-4,18% para -7,88%) e frango inteiro (-0,20% para
-1,62%).
Apesar disso, uma parcela dos itens da alimentação
acelerou (embora alguns ainda se mantenham com taxas negativas), como
foi o caso do leite longa vida (-5,77% para -5,22%), feijão carioca
(-6,05% para -4,53%) e alface (2,77% para 14,42%).
Os outros
quatro grupos que compõem o IPC-C1 apresentaram aceleração: Saúde e
Cuidados Pessoais (0,24% para 0,48%), Vestuário (-0,28% para 0,11%),
Transportes (0,30% para 0,39%) e Comunicação (0,13% para 0,28%). Nestas
classes de despesa, as principais influências partiram dos itens artigos
de higiene e cuidado pessoal (0,16% para 0,79%), roupas (-0,32% para
-0,14%), tarifa de táxi (-7,25% para 0,36%) e tarifa de telefone móvel
(0,04% para 0,51%), respectivamente.
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