Depois de quase dois anos injetando dólares no mercado futuro, o Banco Central (BC) interromperá o programa de venda de swaps cambiais,
que funciona como venda de moeda norte-americana no mercado futuro e
ajudam a segurar a cotação. A autoridade monetária não ofertará mais
novos contratos a partir de 1º de abril.
Em nota, o BC informou
que o programa, que começou em agosto de 2013, ofereceu proteção cambial
relevante aos agentes econômicos. Inicialmente, o BC injetava US$ 500
milhões no mercado futuro por dia. A quantia caiu para US$ 200 milhões
diários em janeiro de 2014 e para US$ 50 milhões a US$ 100 milhões
diários em janeiro deste ano.
Apesar de interromper as ofertas de
novos contratos, o BC continuará a renovar os contratos existentes. De
acordo com o comunicado, os swaps cambiais que vencem a partir
de 1º de maio serão renovados integralmente com base na demanda pelo
instrumento e nas condições de mercado. A autoridade monetária também
continuará a promover leilões de venda de dólares com compromisso de
recompra quando faltar liquidez no mercado de câmbio.
“Sempre que
julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá fazer operações
adicionais por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance”, destacou a
nota do BC.
Os swaps cambiais funcionam como um
instrumento para intervir no câmbio sem a necessidade de vender dólares
das reservas internacionais. Nessa modalidade, os investidores apostam
que os juros subirão mais que o dólar e o BC aposta o contrário. No fim
do contrato, ocorre uma troca de rendimentos. Caso o dólar aumente mais
que os juros, os investidores ficam protegidos da variação cambial,
enquanto o Banco Central deixa de ganhar.
Fonte: Agência Brasil
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