Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra
que, em média, 95 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos
do estado em decorrência de infecções urinárias. Segundo os dados, em
2014 foram registradas 34.343 internações por causa da doença.
Os
números da secretaria destacam que 66,6% das pessoas com infecção são
do sexo feminino. “As mulheres são mais suscetíveis por questões
anatômicas, principalmente. Tem uma uretra mais curta, fica mais próxima
ao ânus, uma área bastante contaminada por bactérias. Além disso,
algumas mulheres têm o costume de segurar para ir ao banheiro e, com
isso, deixam de lavar o sistema urinário, já que ao urinar limpamos o
canal de bactérias”, explica o urologista Cláudio Murta, coordenador do
Hospital do Homem do Estado de São Paulo.
Nos homens,
principalmente nos mais idosos, o crescimento da próstata pode obstruir o
canal urinário e facilitar a infecção. “A próstata não deixa que toda a
urina saia da bexiga. Os resíduos que permanecem no corpo favorecem a
infecção”, destaca o médico.
Os principais sintomas da infecção
são dor ou queimação ao urinar, dor no “pé da barriga” – próximo à
região do púbis – e vontade de urinar várias vezes, em pequenas
quantidades. Também pode haver febre e sangramento na urina.
“A
maior parte das infecções é benigna, bem tranquila. O tratamento é
fácil, com risco pequeno. Agora, nos mais idosos, naqueles que passaram
por alguma cirurgia no trato urinário, a infecção pode ser grave, pode
virar uma infecção generalizada e até matar”, ressalta Murta. Um médico
deve ser procurado assim que os sintomas aparecerem.
Para evitar
infecção urinária, é fundamental ingerir bastante líquido, evitar
segurar a urina e higienizar regiões genitais antes e depois das
relações sexuais. “Às mulheres, é indicado sempre urinar após a relação
sexual, já que a entrada de bactérias na bexiga é favorecida por
qualquer fator que as empurre na direção do órgão”, diz o urologista.
Também
é aconselhável, após a evacuação, ao higienizar a vulva e região
perianal, limpar sempre no sentido de frente para trás, para evitar que
bactérias passem do ânus para a vagina.
Fonte: Agência Brasil
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