A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, e o
presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), Luiz Barretto, assinaram ontem (30) um Termo de Cooperação para
fortalecer pequenos produtores. O objetivo é aumentar a classe média no
campo, hoje representada por 16% dos produtores rurais, com políticas de
capacitação e acesso de produtores ao crédito.
“Com apoio do Sebrae, ministério e das entidades de classe,
identificaremos, através das microrregiões do país, as classes de
pequenos produtores para catalogá-las de acordo com suas ausências. Não
teremos dificuldades em encontrar aquele que está com faturamento baixo e
que precisa aumentar sua renda. Acredito que, a partir de julho,
estejamos com os produtores efetivamente atendidos”, disse a ministra.
De
acordo com o gerente de Agronegócio do Sebrae, Enio Queijada, a ideia
é, com auxílio da busca realizada pelo ministério e parceiros, alcançar o
campo, em maior escala, com políticas de capacitação em gestão.
“O
Sebrae participará com capacitação, consultorias tecnológicas,
ferramentas de acesso ao mercado e rodadas de negócio – encontro entre
comprador e produtor, que é bastante comum. A questão agora é mostrar
que o Sebrae também trabalha com a classe média rural”, informou
Queijada.
O Sebrae tem 475 projetos voltados para pequenos
produtores rurais e executados em 2.768 municípios. A aplicação desses
projetos para mais produtores deverá aumentar a produção, ampliar a
renda e redefinir os padrões do mercado agricultor. “As classes A e B do
campo, que representam 6% dos produtores, produzem 70% da produção
nacional. Essa distorção é inaceitável”, acrescentou Kátia Abreu.
“Os
instrumentos que usaremos - assistência técnica, qualificação
profissional em gestão, crédito e correção das imperfeições de mercado -
já existem. Como eles produzem pouco, compram mal e vendem mal, porque
não têm escala. Então, o segredo é agrupá-los, de modo que eles possam
comprar melhor os insumos e vender melhor os produtos”, concluiu a
ministra.
Fonte: Agência Brasil
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