A desinformação sobre a taxa de juros cobrada de acordo com o perfil
de cada cliente ainda prevalece nos bancos. O EXTRA esteve em seis
agências das principais instituições nesta semana. A meta era obter
simulações de empréstimo para um consumidor com renda mensal e dívidas
no mesmo valor: R$ 3 mil. A demora no atendimento, a falta de clareza e o
desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) marcaram as
visitas.
Dos seis, apenas o Bradesco, Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal fizeram as simulações, informando taxas e valores de
prestações para as operações pedidas. Já os funcionários de Itaú, HSBC e
Santander negaram-se a informar os juros. O motivo? Era preciso abrir
conta nas instituições para obter os cálculos, que seriam
personalizados.
De acordo com Rafael Viola, especialista em
Direitos do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), as três
instituições desrespeitaram o CDC:
— O consumidor tem direito à
informação prévia. O banco tem que informar as taxas, prestações e
tarifas. Anunciar taxas baixas, sem informar para que perfil são
oferecidas, é publicidade incompleta, o que é violação da lei.
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