Depois de reduzir os juros para o crédito ao consumidor e em outras
linhas de empréstimos, a Caixa Econômica Federal (CEF) disse, nesta
terça-feira, que o próximo passo é oferecer juro menor para o Minha
Casa, Minha Vida. O anúncio, disse Hereda, poderá ser feito nesta
quarta-feira, durante entrevista coletiva com a imprensa, quando o banco
divulgará o calendário dos tradicionais Feirões da Caixa, que neste ano
tem início previsto para o dia 4 de maio.
"Teremos novidades em
relação a juros também", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda, após
participar da cerimônia do lançamento PAC 2 Mobilidade, no Palácio do
Planalto, sem, no entanto, dar pistas do tamanho do corte. "É o Feirão
da casa própria que a Caixa faz todo ano. Vamos oferecer nossa linha de
crédito a juros mais baixos para móveis, também para eletrodomésticos e
para o Minha Casa, Minha Vida".
A Caixa e o Banco do Brasil
reduziram, no início do mês, os juros cobrados em várias linhas de
empréstimo. A atuação dos bancos públicos começou a ser seguida pelos
bancos privados. Para o presidente da CEF, a reação dos bancos privados
era "esperada". E disparou: "Existe uma grande confusão nessa coisa de
baixar juros. Muita gente baixou juro para nichos, mas a Caixa baixou os
juros para todo mundo". Ele contou que desde a segunda-feira as
agências da Caixa está abrindo suas agências todos os dias uma hora
antes do início do expediente bancário regular para atender correntistas
e futuros clientes. Essa ação permanecerá até 11 de maio.
Inadimplência
Em
relação ao crescimento da inadimplência, Hereda disse que a Caixa
acompanha os dados quase que diariamente. "Mais do que isso, acompanha
os atrasos em pagamento", reforçou. Os atrasos são classificados como o
não pagamento em dia. O conceito de inadimplência é quando esse atraso
já perdura por mais de 90 dias.
"A gente não tem aumento de
inadimplência significativo que impeça de tomar alguma atitude",
argumentou o presidente. Ele disse que as ofertas feitas pela Caixa
estão sobre uma "linha segura". "Buscamos aumentar nossa base, trazer a
maior quantidade de clientes e a concorrência é uma coisa saudável".
O
executivo lembrou ainda que, em 2008, com o início da crise financeira
internacional, "todo mundo se fechou". Nesse período, disse, a Caixa
avançou. "Estamos avançando a uma média de 40% ao ano na carteira de
crédito". "A Caixa está cumprindo seu papel de oferecer crédito à
população, tem aumentado sua base de crédito e tem aumentado, inclusive,
o seu lucro".
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