domingo, 22 de abril de 2012

O brasileiro paga caro para ter um cartão de crédito.

Pesquisa da Proteste Associação de Consumidores com todas as instituições financeiras revela que a anuidade cobrada pelos emissores de cartões subiu acima de 270% entre 2010 e 2011. Para fisgar o cliente, são oferecidas vantagens e premiações no momento da adesão. Após o primeiro ano, o consumidor fica refém das altas taxas de manutenção. A padronização de tarifas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) foi um avanço, mas o valor da anuidade é liberado. Resultado: os bancos e as administradoras de cartões ficam à vontade para aplicar o reajuste.
A economista da Proteste Héssia Costilla avalia que a alta das anuidades é uma forma de os bancos e administradoras de cartões compensarem a perda de arrecadação com a infinidade de taxas que eram cobradas antes da limitação de cinco tarifas pelo Banco Central. "Antes era comum encontrar cartão sem anuidade. Hoje, o consumidor tem que negociar muito para conseguir uma tarifa mais baixa", aponta a economista.
Segundo Héssia, para atrair o cliente é oferecido um desconto de 50% da anuidade no primeiro ano e no ano seguinte as tarifas vão subindo. Um dos exemplos é o cartão American Express Blue do Bradesco, que subiu de R$ 27 para R$ 100 com reajuste de 270,37% entre 2010 e 2011. A segunda maior alta, de 166,67%, foi do cartão Rexward do Santander, que pulou de R$ 60 para R$ 160. Já os clientes do Ibi Card Gold, do Ibi, pagaram 131,58% mais caro para ficar com o cartão.
O que fazer para manter o cartão de crédito e não ser lesado no bolso? "A saída é barganhar com a instituição financeira qualquer tipo de redução da anuidade. Caso não seja possível, recomendo que o consumidor busque outro cartão mais simples para reduzir os custos", sugere Héssia. Para ajudar as pessoas insatisfeitas com os custos a Proteste disponibiliza uma simulação no site www.proteste.org.br.

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