O Itaú decidiu reduzir as taxas de juros a seus clientes. A
decisão foi anunciada hoje, logo após divulgação de cortes de juros
pelo Bradesco. Nos dois bancos, as novas taxas passam a valer em 23 de
abril.
No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima sofrerá
redução de 8% e será de 0,99% ao mês. A taxa será válida para clientes
correntistas há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e
parcelamento em até 24 meses. Nos empréstimos consignados para
beneficiários do INSS, a taxa mínima foi reduzida para 0,89%, e a
máxima, para 2,2% ao mês.
O Itaú também lançou um pacote para
clientes que recebem salário em conta corrente do banco. “Ao aderir a
esse pacote, o cliente tem acesso a taxas de juros reduzidas, maior
número de transações bancárias incluídas, além de passar a receber
mensagens de texto SMS que o ajudarão a controlar melhor suas
movimentações financeiras.” O banco informou que esse pacote estará
disponível em todas as agências a partir de 2 de maio.
De acordo
com o Itaú, os juros para os clientes que optarem por esse novo pacote
terão redução de até 47%. É o caso da taxa mínima do cheque especial,
que será reduzida para 1,95% ao mês. No cartão de crédito, o rotativo
passará a ter taxas mínimas a partir de 3,85% ao mês.
De acordo
com o banco, para os clientes que aderirem ao pacote e usarem mais de
50% do limite do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito por
três meses consecutivos, o banco oferecerá parcelamento do saldo com
taxa a partir de 4% ao mês, em até 24 meses.
Para as micro e
pequenas empresas clientes do Itaú, haverá reduções nas taxas mínimas do
cheque especial, por exemplo. Nesse caso, os juros cairão 66% - a
partir de 1,95% ao mês. No capital de giro, os juros serão a partir de
1,14% ao mês, em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao
mês. E, na antecipação de recebíveis de cartões, a taxa mínima passa a
ser de 1,05% ao mês.
Em nota, o presidente do Itaú Unibanco,
Roberto Setubal, afirma que os cortes estão “em linha com as reduções da
taxa básica de juros pelo Banco Central e com o cenário de crescimento
econômico positivo para o país no segundo semestre de 2012”. Setubal
acrescenta que “desta forma, com a redução dos spreads [diferença entre
taxa de captação e a cobrada dos clientes], acreditamos que damos mais
uma contribuição para o processo de transformação e desenvolvimento
nacional”.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, fez duras críticas aos bancos privados por não reduzirem as
taxas de juros e cobrarem altos spreads. No início do mês, instituições
financeiras públicas - como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica
Federal - anunciaram redução dos juros de linhas de crédito.
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