A abertura de postos de
trabalho em 2012 caiu 35,78 por cento, chegando ao pior patamar desde
2003 se considerados os dados ajustados para o ano, após dezembro ter
registrado mais fechamentos de vagas do que era esperado pelo mercado.
A criação de vagas no ano passado somou, em termos
ajustados, 1,301 milhão de vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, ante o resultado de
2,026 milhões de vagas em 2011.
Em dezembro do ano passado, o Brasil eliminou 496.944
postos de trabalho, acima dos 402 mil vagas fechadas de acordo com
pesquisa da Reuters.
Apesar de a oferta de vagas no mercado formal de
trabalho ter diminuído em 2012 na comparação com 2011, ela continua em
nível elevado, contribuindo para manter a taxa de dezembro em patamares
mínimos históricos e em meio a um contexto de elevação dos rendimentos
pagos aos trabalhadores.
Em novembro, a taxa de desemprego bateu novo recorde na
mínima histórica, ficando em 4,9 por cento, ao mesmo tempo em que o
rendimento médio da população ocupada subiu 0,8 por cento frente a
outubro, somando 1.809,60 reais.
Esse desempenho levou alguns analistas a classificar o
mercado de trabalho brasileiro como um paradoxal, por manter certo
dinamismo em um ano de fraca expansão do Produto Interno Bruto (PIB),
mostrando-se como uma das forças motrizes da economia.
Economistas apontam que, se a economia brasileira não
mostrar maior ritmo de crescimento a partir de agora, o mercado de
trabalho em 2013 pode ser atingido, levando a uma desceleração ainda
mais acentuada na oferta de vagas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário