segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Lista do material escolar no atacado sai até 29% mais barata. Confira as dicas

A lista de material escolar representa um gasto expressivo no orçamento familiar e, em 2013, está 8% mais cara em relação à de 2012, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Uma opção para economizar é reunir amigos ou familiares para garantir produtos mais baratos em papelarias que vendem por atacado. A economia pode chegar a 29% em alguns itens. Há ainda possibilidade de negociar descontos com os vendedores.
A resma do papel sulfite A4 custa R$ 14,90, mas o preço cai para R$ 11,99 na compra acima de dez unidades (19% mais barato). Na aquisição superior a 50 resmas, cada uma é vendida por R$ 10,50: abatimento de 29%, se comparado ao preço original.
Outro exemplo de economia está na aquisição de caderno universitário, cuja unidade custa R$ 6,80 numa papelaria que tem preços especiais para atacado. Na mesma loja, se o consumidor levar três unidades do modelo, o valor cai para R$ 6,46.
A vendedora Vanda de Paula, de 43 anos, sempre optou pro comprar cadernos e materiais escolares no atacado para os filhos, Bárbara e Luis Felipe, e garante que chega a economizar até 40%:
— Quando pago à vista, o desconto é ainda melhor.
A enfermeira Renata Rodrigues, de 38 anos, destaca a importância de pesquisar os preços, seja nas compras individuais ou com outros pais.
— A diferença de preço do mesmo produto em duas lojas é inacreditável — diz a mãe de Catarina, de 5 anos.
A marca e a capa do artigo também fazem diferença no bolso do consumidor. Um caderno universitário de capa dura com 200 folhas é vendido por R$ 12,90. Outro da mesma marca cuja diferença está na ilustração da capa custa, no mesmo estabelecimento, R$ 34,90, quase o dobro do preço.
Especialistas recomendam a prática
Os economistas afirmam que comprar itens de material escolar em estabelecimentos com preços de atacado é vantajoso para o bolso do consumidor. Nelson de Sousa, professor de finanças do Ibmec, recomenda que os pais se unam a famílias de coleguinhas de seus filhos para conseguir descontos e ofertas especiais, e indica a melhor forma de pagamento:
— O ideal é comprar à vista, pedindo desconto. O cartão de crédito somente deve usado quando a loja oferece parcelamento sem juros.
O economista e gestor da unidade Rio da Trevisan Escola de Negócios, João Cardoso, ressalta que, para não haver sobra de material escolar, é indicado que os pais se organizem em associações com pessoas que vão comprar o mesmo tipo de produto para o ano letivo que vai começar:
— Além disso, devem sempre negociar descontos usando a grande quantidade de itens como um argumento.
Confira dicas
Pesquisar: A internet deve ser usada como ferramenta para comparar os preços.
Reaproveitar: Reutilizar itens usados na série anterior, como mochila e estojo, pode ser uma boa alternativa.
Livros: É possível se reunir com os outros pais da turma de seu filho e negociar a compra de livros didáticos diretamente com as editoras.
Tirar proveito: Pense em trocar livros usados com alunos de outras turmas. Separe o que pode ser reaproveitado e faça trocas com os pais de estudantes que estejam em outras séries.
Sebos: Em alguns casos, vale a pena procurar livros escolares usados em sebos. Porém, é preciso ter cuidado para comprar apenas exemplares em bom estado de conservação.
Sem crianças: Não leve as crianças para hora de comprar o material escolar. A tendência é que elas escolham produtos da moda, com imagens de artistas ou personagens de desenhos animados de sucesso, o que faz com que custem mais caro.
Convênios: Alguns estabelecimentos comerciais têm convênios com empresas e com colégios para conceder descontos a funcionários e alunos. Se informe sobre isso antes de ir às lojas.
Regras: Os pais devem ter atenção, pois o colégio não pode pedir itens de uso coletivo, como produtos de higiene e limpeza.
Limites: As instituições de ensino também não podem exigir que os alunos usem itens de marcas específicas ou que as compras sejam feitas em uma determinada loja.
 

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