segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pegadinhas nas provas podem eliminar candidatos

Questões são elaboradas por bancas para confundir até concorrentes bem preparados
Em concursos muito disputados, é comum a banca organizadora se valer de recursos como pegadinhas nas provas para eliminar candidatos. Embora o estudo seja fundamental para a aprovação, é necessário que o candidato esteja preparado também para as questões que são feitas para confundi-lo.
Karina Jaques, professora da Academia do Concurso, diz que, em alguns casos, a dificuldade maior não é o conteúdo, mas o enunciado da questão. “As questões avaliam mais interpretação de texto do que o conteúdo”.
Diretor do IOB Concursos, Leonardo Pereira concorda e explica que o domínio da língua portuguesa é essencial para evitar que o candidato caia nas pegadinhas. “Um dos recursos mais comuns das bancas é usar morfossintaxe para confundir o candidato na interpretação de questões, tanto objetivas, quanto dissertativas. Assim, quem não tem bom domínio do idioma acaba tendo seu resultado prejudicado”, diz ele.
ATENÇÃO AOS DETALHES
Para a professora, é fundamental que o candidato tenha atenção ao fazer a prova. “As provas da Cespe/UnB, por exemplo, têm enunciados com discurso indireto, o que confunde o candidato. A Fundação Carlos Chagas, por sua vez, tem pegadinhas nas questões de múltipla escolha. Há casos em que todas as opções estão corretas, mas apenas uma está certa em relação à pergunta”, alerta.
Com o aumento da procura por cargos públicos, os concursos se tornam mais concorridos, e as bancas precisam criar meios para selecionar os candidatos. “Dessa forma, mesmo os candidatos mais bem preparados não estão imunes às pegadinhas, já que elas são feitas justamente para alcançá-los”, alerta Leonardo Pereira.
ATENÇÃO AO EDITAL
O diretor do IOB Concursos, Leonardo Pereira, alerta que o candidato deve ler o edital com atenção. “Existem regras que, se não seguidas, podem dificultar ou inviabilizar a participação do candidato”.
PROVAS ANTIGAS
Outra dica do especialista é fazer provas antigas para o mesmo cargo, da mesma banca examinadora. “Com essa atitude, avaliando o gabarito oficial e as questões que foram consideradas como certas, o candidato consegue inferir inclusive a linha doutrinária da banca examinadora, o que ajuda a prever as pegadinhas”, ensina.

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