Em concursos muito disputados, é comum a banca organizadora se valer
de recursos como pegadinhas nas provas para eliminar candidatos. Embora
o estudo seja fundamental para a aprovação, é necessário que o
candidato esteja preparado também para as questões que são feitas para
confundi-lo.
Karina Jaques, professora da Academia do Concurso, diz
que, em alguns casos, a dificuldade maior não é o conteúdo, mas o
enunciado da questão. “As questões avaliam mais interpretação de texto
do que o conteúdo”.
Diretor do IOB Concursos, Leonardo Pereira concorda e explica que o
domínio da língua portuguesa é essencial para evitar que o candidato
caia nas pegadinhas. “Um dos recursos mais comuns das bancas é usar
morfossintaxe para confundir o candidato na interpretação de questões,
tanto objetivas, quanto dissertativas. Assim, quem não tem bom domínio
do idioma acaba tendo seu resultado prejudicado”, diz ele.
ATENÇÃO AOS DETALHES
Para
a professora, é fundamental que o candidato tenha atenção ao fazer a
prova. “As provas da Cespe/UnB, por exemplo, têm enunciados com discurso
indireto, o que confunde o candidato. A Fundação Carlos Chagas, por sua
vez, tem pegadinhas nas questões de múltipla escolha. Há casos em que
todas as opções estão corretas, mas apenas uma está certa em relação à
pergunta”, alerta.
Com o aumento da procura por cargos públicos,
os concursos se tornam mais concorridos, e as bancas precisam criar
meios para selecionar os candidatos. “Dessa forma, mesmo os candidatos
mais bem preparados não estão imunes às pegadinhas, já que elas são
feitas justamente para alcançá-los”, alerta Leonardo Pereira.
ATENÇÃO AO EDITAL
O
diretor do IOB Concursos, Leonardo Pereira, alerta que o candidato deve
ler o edital com atenção. “Existem regras que, se não seguidas, podem
dificultar ou inviabilizar a participação do candidato”.
PROVAS ANTIGAS
Outra
dica do especialista é fazer provas antigas para o mesmo cargo, da
mesma banca examinadora. “Com essa atitude, avaliando o gabarito oficial
e as questões que foram consideradas como certas, o candidato consegue
inferir inclusive a linha doutrinária da banca examinadora, o que ajuda a
prever as pegadinhas”, ensina.
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