No
verão, ele é o melhor amigo. No escritório, é impossível
ficar sem. E mesmo quando o calorão dá uma trégua, há quem não desgrude
dele para dormir. Alvo de muita polêmica, o ar-condicionado é um
refresco e tanto na estação mais quente do ano, mas seu uso precisa de
moderação e bom senso para não agredir a saúde.
Segundo
o otorrinolaringologista Jair de Carvalho Castro, do Hospital
Samaritano do Rio, o problema é exagerar na regulagem do aparelho e
tornar o ambiente muito frio e ressecado:
—
Quando a temperatura cai, os sistemas de defesa da mucosa nasal,
garganta e brônquios ficam comprometidos. O ressecamento atrapalha o
movimento ciliar, que bate secreções com bactérias, fungos e vírus para
eliminação. Isso abre caminho para infecções e alergias, como
resfriados, rinites, sinusites.
Pele
e olhos também sofrem ressecamento e irritação. Para a alergista Flávia
Salles Costa Janolio, presidente da Associação Brasileira de Alergia e
Imunopatologia do Rio de Janeiro, além de evitar ligar o ar-condicionado
no máximo, é necessário maneirar nas mudanças bruscas de temperatura.
— O entra e sai do frio para o quente desequilibra o organismo — diz a especialista.
E nada de entrar em um lugar com ar-condicionado e deixar secar no corpo a roupa molhada da chuva.
—
O risco de contrair infecções aumenta sobremaneira. Além do
ar-condicionado, a evaporação da água vai roubar calor do corpo. O
sistema de defesa não consegue dar conta do recado — explica Jair
Castro.
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