Os
valores do seguro-desemprego deste ano terão um reajuste menor do que o
concedido em 2012. De acordo com resolução do Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), publicada nesta sexta-feira no
Diário Oficial da União, o aumento será de 6,2%, ante 14,1% no ano
passado. O reajuste eleva o teto do auxílio de 1 163,76 reais para 1
235,90 reais.
Segundo
a resolução, a correção deve observar a variação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nessa quinta-feira. O governo
descartou a base de cálculo utilizada no ano passado, que, além da
inflação, considerava o crescimento da economia do reajuste.
Para
decidir o valor do auxílio, o governo considera a média salarial no
período de emprego - até 1 090,43 reais; de 1 090,44 reais a 1 817,56
reais; e acima de 1 817,57 reais. O reajuste será aplicado para essas
três faixas salariais que formam a cálculo do benefício. O
seguro-desemprego pode ser pedido pelo trabalhador que não foi demitido
por justa causa e que tenha trabalhado com carteira assinada por, no
mínimo, seis meses.
Com mudança na fórmula, governo poupa R$ 700 milhões
A
mudança na fórmula de reajuste do seguro-desemprego neste ano vai gerar
uma economia de R$ 700 milhões aos cofres do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). A informação foi prestada nesta sexta-feira pelo
secretário executivo do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar. Segundo
ele, que também preside o Conselho Deliberativo do FAT (Codefat), a
alteração na metodologia ocorreu para preservar a sustentabilidade do
fundo.
Há
mais de dez anos o cálculo era feito com base no reajuste do salário
mínimo, para as três faixas de benefícios. Se o critério fosse mantido, o
aumento em 2013 seria de 9% para todos os beneficiários, mas o Codefat
optou por aplicar neste ano apenas a variação do INPC de 2012 - de 6,2% -
às duas faixas superiores do seguro-desemprego, dos trabalhadores que
recebem maiores salários. "Com essa diferença de 2,8 pontos porcentuais,
a economia será de R$ 700 milhões", afirmou Aguiar.
O
secretário acrescentou que a decisão foi tomada para preservar o
equilíbrio das contas do FAT. "O ganho real do salário mínimo tem
aumentado o gasto com o seguro-desemprego ao longo dos últimos anos, e
por conta disso estamos discutindo algumas ações para equilibrar
receitas e despesas. É uma preocupação com a sustentabilidade do fundo",
argumentou.
Dos cerca de 7,7 milhões de beneficiários, apenas 30% estão nas faixas que serão corrigidas pelo INPC", completou Aguiar.
O
secretário lembrou ainda que a política do seguro-desemprego não se
resume ao pagamento do benefício, mas também passou a ser integrada com
medidas de qualificação profissional e de intermediação de mão de obra.
De acordo com o Ministério do Trabalho, as despesas com o pagamento do
seguro-desemprego registraram uma queda real de cerca de 2% em 2012 na
comparação com o ano anterior, o que significou uma economia em torno de
R$ 540 milhões.
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