Por pressão da Anvisa, os preços de
remédios caíram 35% em oito anos. É o que revela estudo da agência
reguladora, atribuindo à política de preços adotada pelo país. É que
antes de colocar um medicamento no mercado, as indústrias farmacêuticas
precisam decidir o preço máximo do produto, tarefa que deve ser
realizada em conjunto com a Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (CMED), vinculado à agência.
Estudo da CMED aponta que, desde que a
atual regra de preços entrou em vigor, em 2004, os valores autorizados
foram, em média, 35% menores do que os pretendidos pelas companhias. “É
absolutamente natural que isso aconteça. O problema nesse caso, não é a
legislação, mas a execução. Como costuma acontecer no setor, as
dificuldades de execução atrapalham a criação de um ambiente que
incentive a inovação", diz Antônio Britto, presidente da Interfarma,
entidade que reúne as empresas do setor.
De acordo com o estudo, apenas 7% dos produtos cadastrados na
categoria I — que reúne medicamentos com maior grau de inovação — foram
aprovados sem restrições pela Anvisa. Na lista,estão medicamentos
desenvolvidos por gigantes como Pfizer, Roche e Bayer.
Para
Gabrielle Troncoso, da Anvisa, a diferença entre os valores pretendidos e
os aprovados ainda são grandes, mas a tendência é que a indústria se
adeque cada vez mais à regulação de preços.
Gasolina e óleo diesel vão subir
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve anunciar na próxima semana
reajuste de 7% para a gasolina e de 5% para o óleo diesel. Há 10 anos, o
preço dos combustíveis não sobe.
Além disso, o governo vai
autorizar o aumento da mistura de álcool à gasolina. A medida visa
reduzir o impacto do reajuste para o consumidor e diminuir a necessidade
de importação de combustível.
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