quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Intenção de consumo das famílias diminui 2,1% no começo do ano

A intenção de consumo das famílias brasileiras recuou 2,1% em janeiro, em comparação ao mês de dezembro, alcançando 135,1 pontos.
O índice ICF (Intenção de Consumo das Famílias), divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) nesta quarta-feira (16) evidenciou que os efeitos sazonais no início do ano (com menor disposição ao consumo), além da manutenção de um nível elevado de endividamento, impediram um aumento da confiança das famílias em consumir mais no período.
Além disso, para a CNC, após registrar elevação em dezembro, o otimismo quanto ao mercado de trabalho voltou a influenciar negativamente o resultado do ICF em janeiro visto que, no início do ano, as famílias têm maior comprometimento da renda com pagamentos de impostos – IPVA, IPTU, entre outros – matrículas e material escolar. 
Variações 
O indicador da CNC é composto por sete itens, sendo eles o de emprego atual, renda atual, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva profissional, perspectiva de consumo e momento para duráveis.
Refletindo a queda geral no índice, todos esses componentes também recuaram na comparação mensal, com maior destaque o nível de perspectiva ao consumo (-5,8%), momento para duráveis (-3,7%) e nível de consumo atual (-2,3%).
De acordo com a CNC, outro fator que faz com que o índice tenha retração no começo do ano é o fato de o mês de dezembro ser uma base forte, devido ao crescimento do consumo com as festas de fim de ano e o décimo terceiro salário.
No mesmo lado, em comparação com janeiro de 2012, a queda é maior: de 3,3%. A CNC completa as explicações dizendo que manutenção do elevado nível de endividamento ao longo do ano, principalmente sustentado pela adoção de estímulos fiscais (isenção de IPI para linha branca e veículos), fez com que a disposição ao consumo se situasse em um patamar inferior ao de janeiro do ano passado.
Além disso, a CNC também conta que a extensão do ritmo mais lento da atividade ainda vem comprometendo a confiança em relação ao mercado de trabalho, mitigando um maior otimismo por parte das famílias. O ICF pode chegar até 200, apontando satisfação total dos consumidores.

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