Os preços dos imóveis devem manter a tendência e subir menos em
2013, afirma o pesquisador Eduardo Zylbertajn, coordenador do índice
FipeZap, que mede o valor do metro quadrado em seis capitais e no
Distrito Federal. Durante todo o ano passado o valor médio do metro
quadrado avançou 13,7%, quase a metade do ritmo de alta em 2011. "Toda
essa explosão de preços que a gente viu nos últimos anos tende a
acalmar", afirma Zylberstajn.
O
pesquisador lembra que as condições mais favoráveis do crédito
habitacional, como juros menores e prazos mais longos, ajudaram a elevar
a demanda por moradia e a pressionar os preços. De 2008 a 2012 a
modalidade cresceu 339,5% e hoje já soma R$ 277 bilhões, ou 25% de todo o
crédito concedido dentro da carteira de pessoas físicas.
Em
relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do País, contudo, o crédito
habitacional ainda representa uma fatia pequena. A modalidade fechou o
ano passado com o equivalente a 6,3% do PIB, porcentual bem inferior ao
de outros países. Mas a tendência é que os gastos com moradia ocupem um
espaço cada vez maior no orçamento das famílias, avalia Zylbertajn. "O
Brasil está se tornando um país como outros que têm essa realidade (de
os gastos com habitação terem um peso significativo no orçamento)",
afirma.
A
possibilidade de o mercado imobiliário do País estar passando por uma
bolha não é descartada por Zylbertajn, mas ele acredita que o cenário
deve ser analisado com calma. "É possível que estejamos vivendo uma
bolha? Possível é. Mas a característica de uma bolha é que ninguém
consegue prever até que ela estoure. O aumento de preços por si só não
significa que exista uma bolha", afirma.
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