De
acordo com um estudo publicado em dezembro de 2013 pela Universidade
das Nações Unidas – UNU, a produção de lixo eletrônico no mundo todo
alcançou quase 49 milhões de toneladas métricas, sete quilos por cada
habitante do planeta, no ano de 2012. Para 2017 o número aumentará 33%,
alerta o Estudo.
Os lixos eletrônicos não podem ser
descartados no lixo comum porque têm substâncias tóxicas como mercúrio,
chumbo, cádmio, belírio, arsênio, pvc e BRT que geram impactos negativos
ao meio ambiente e à saúde. Entres os diversos danos à saúde humana os
distúrbios no sistema nervoso, problemas nos rins, pulmões, cérebro e
envenenamento, são as mais freqüentes.
Uma pesquisa realizada pelo Instituo
Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC em parceria com o Instituto
Market Analysis, especializado em pesquisas, identificou que a maioria
dos aparelhos eletrônicos usados costumam ser doados, vendidos ou são
guardados em casa e só uma pequena parcela dos entrevistados optam pelo
descarte.
Na opinião do
pesquisador do Idec, João Paulo Amaral, a doação e o acúmulo dos
produtos fora de uso em casa é resultado da falta de informações
corretas sobre o descarte adequado do lixo eletrônico que não é feita
nem pelas empresas que fabricam os produtos nem pelo governo. Por outro
lado, o especialista destaca que essa postura por parte dos
entrevistados demonstra uma atitude responsável e consciente da maioria
dos consumidores.
Cabe destacar que segundo a Política
Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, os fabricantes de algumas
categorias de produtos, entre eles os de aparelhos eletroeletrônicos,
serão responsáveis pelo recolhimento, pela reciclagem e pela destinação
adequada de seus produtos. Apesar de a PNRS já ter sido aprovada há mais
de três anos, a logística reversa ainda não existe ainda hoje e não há
previsão para começar a funcionar, uma vez que os acordos do setor de
eletroeletrônicos para colocar a medida em prática ainda não foram
finalizados.
O ideal seria que os aparelhos que não
estão sendo utilizados fossem destinados a reciclagem. Entretanto, os
especialistas que conduziram a pesquisa reconhecem que encontrar postos
de coletas para esse tipo de lixo é muito raro. A sugestão é procura
bancos e supermercados que fazem esse tipo de coleta e encaminham para
recicladoras e cooperativas que atuem nesse segmento. Outra
alternativa sugerida pelo consultor ambiental, Felipe Andueza, ouvido
pelo Idec, é buscar informações com o Serviço de Atendimento ao
Consumidor –SAC do fabricante, “… pois, se o número de pessoas
interessadas em descartar seu lixo eletrônico aumentar, os fabricantes
podem se sentir pressionados a tomar uma atitude. É uma forma de
fazermos a nossa parte“
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