sábado, 8 de março de 2014

Droga de quimioterapia ajuda pacientes com HIV a reagirem a terapia genética


Tratar pacientes com HIV pela primeira vez com um medicamento de quimioterapia melhorou a sua resposta a uma técnica experimental de modificação de genes para controlar o vírus, de acordo com o Sangamo BioSciences SGMO.O.

A empresa apresentou nesta quinta-feira novos dados com base em um pequeno estudo em estágio inicial de seu tratamento, o SB-728-T, na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Boston.
As ações da Sangamo subiram 17 por cento, passando a 22,92 dólares na negociação no fim do dia na Nasdaq. As ações da empresa, com base em Richmond, Califórnia, se valorizaram cerca de 67 por cento até agora este ano.
Na quarta-feira, o New England Journal of Medicine publicou dados de um experimento anterior mostrando que a estratégia da Sangamo de modificar geneticamente as células de pessoas infectadas com o HIV pode tornar-se uma forma de controlar o vírus que causa a Aids sem o uso de medicamentos antivirais.
"A ‘supressão' do HIV pela Sangamo é promissora, mas ainda prematura e longe de ser uma 'cura'", disse o analista da RBC Capital Markets Michael Yee, em uma nota. "Este é um estudo muito inicial para validação da tecnologia e da segurança."
A técnica foi concebida para interromper um gene, o CCR5, utilizado pelo vírus da imunodeficiência humana para infectar as células T, as células brancas do sangue que combatem as infecções virais. Células do paciente são removidas e processadas para alterar o DNA que codifica para o receptor CCR5. As células modificadas são multiplicadas e testadas, e então reintroduzidas no paciente.
Os resultados apresentados nesta quinta-feira mostram que doses crescentes da droga de quimioterapia Citoxan, ou ciclofosfamida, antes da infusão com o SB-728-T conduziram a uma melhoria tanto no crescimento das células geneticamente modificadas como no aumento das células do sistema imunológico CD4, que de outro modo seriam um alvo para o HIV, de acordo com a Sangamo.
Fonte: Reuters

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