Analisar se temos uma relação positiva ou negativa com o dinheiro pode ser mais complicado do que parece.
Não
se trata apenas de não ter controle sobre as finanças, por exemplo. O
sinal de que a visão sobre o tema é pouco saudável pode ser justamente o
oposto: controlar demais os gastos.
Pensamentos
e hábitos negativos podem dificultar o caminho para obter o sucesso
financeiro ao impedir a realização de investimentos ou a discussão do
orçamento com a família, por exemplo.
Veja abaixo seis comportamentos que apontam que você precisa repensar sua relação com o dinheiro:
1) Gastar demais
Você
comprar por compulsão, e não por necessidade? Não se controla ao ver um
novo modelo de sapato na vitrine de uma loja ou não resiste a convites
de amigos para jantares?
Talvez seja o
momento de verificar o que essas despesas trazem efetivamente de
conquistas pessoais e cortar os gastos supérfluos.
Se
não houver equilíbrio no orçamento, o risco de descontrole financeiro,
em caso de desemprego ou perda de renda, por exemplo, é alto.
Além
disso, gastos exagerados dão pouco ou nenhum espaço para a criação de
uma reserva financeira para situações imprevistas ou a realização de
investimentos. “Ter visão de longo prazo é essencial para criar um
patrimônio sólido”, diz Vera Rita de Mello Ferreira, membro do comitê de
pesquisa de educação financeira da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) (veja 14 hábitos que te deixam mais rico).
2) Não gastar nunca
Viver
economizando e esperando pelo momento no qual terá segurança suficiente
para desfrutar do dinheiro acumulado também pode ser um hábito
negativo.
O comportamento passa do limite
quando há indecisão sobre gastos importantes ou quando você nem lembra a
última vez que trocou de carro, comprou roupas novas ou tirou férias.
Mesmo
orçamentos pequenos podem acomodar prazeres. Além disso, economizar
para o futuro perde o sentido quando você deixa de investir em si mesmo
ou usufruir do dinheiro no presente.
3) Estar sempre sem dinheiro ou no vermelho
Re empréstimos e pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito
constantemente são alertas de que você está gastando mais do que sua
renda permite e precisa urgentemente organizar suas finanças.
Esse comportamento busca adiar decisões financeiras difíceis, mas necessárias, como cortar gastos (veja 15 planilhas de gastos para controlar seu orçamento em 2015). “O dinheiro é limitado e seu uso exige decisões. Mas muita gente não gosta de fazer escolhas”, diz Vera Rita.
O
quanto antes você encarar e buscar a solução para a situação, melhor.
Juros altos podem fazer com que as dívidas aumentem rapidamente.
Especialistas
recomendam que o crédito seja utilizado com parcimônia, apenas no caso
de imprevistos ou situações de emergência. Além de adequar o orçamento à
renda, é necessário ter objetivos financeiros.
4) Achar que o dinheiro é a solução para os problemas
Adiar
ou desistir de projetos pessoais apenas para ganhar mais dinheiro,
acreditando que o aumento do patrimônio será suficiente para trazer
realizações, é um erro.
O dinheiro deve
ser visto apenas como uma ferramenta, e não como objetivo, diz Vera Rita
de Mello Ferreira, da OCDE. “Dinheiro não deve ser sinônimo de sucesso
e, a falta de dinheiro, de infelicidade. O dinheiro não consegue, por
exemplo, comprar equilíbrio para tomar decisões acertadas”.
5) Ter medo do dinheiro
Se
você teme receber um salário maior por medo de não conseguir encarar
mais responsabilidades ou adia a decisão de abrir o próprio negócio
porque pode não conseguir recuperar o dinheiro investido deve repensar
esse comportamento.
Ter medo de arriscar e
perder dinheiro limita ganhos. Outra situação que ilustra o problema é
achar complicado escolher uma aplicação financeira ou evitar os
investimentos para não precisar encarar a possibilidade de ter prejuízos
com as aplicações.
O caminho para aumentar o patrimônio vem
necessariamente acompanhado de maiores responsabilidades e riscos. “O
medo de errar impede a tomada da decisão, mas somente é possível saber
se a escolha é correta posteriormente. Não há para onde correr: é
necessário arriscar”, diz Vera Rita.
Se
preparar e buscar mais conhecimento, seja sobre investimentos, projetos
profissionais ou uma nova função na empresa, é uma maneira efetiva de
criar mais segurança para sair da zona de conforto financeira.
6) Não falar sobre o assunto
Ver
o dinheiro como um tabu e evitar falar sobre o tema com a família e os
amigos dificulta o aprendizado sobre como lidar com as finanças.
Trocar
experiências sobre o assunto pode ser útil para ajudar a encontrar
formas de organização do orçamento. Já falar abertamente sobre o tema
com a família permite criar objetivos em comum, além de evitar mal
entendidos. “Quando o assunto não é tratado de forma direta, sincera e
verdadeira dá margem para especulações”, diz Vera Rita, da OCDE.
O
importante é se sentir confortável com relação ao tema e se preparar
para ouvir críticas e mudar formas de administrar o dinheiro, caso seja
necessário.
Fonte: MSN
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