Os consumidores das classes A e B, que sempre priorizaram a qualidade do
produto em prol do preço, estão revendo seus critérios. É o que aponta
pesquisa sobre hábitos de consumo dos brasileiros feita pela
Fecomercio-RJ, em parceria com o instituto de pesquisa Ipsos. Segundo o
levantamento, 76,3% dos entrevistados das classes altas afirmam que o
preço é um fator determinante na decisão de compra — em 2013, apenas
67,7% faziam essa ponderação. Mesmo assim, a qualidade do produto ainda é
um fator decisivo para esses consumidores.
“A tomada de decisão do consumidor de menor renda passou a considerar
na última década outros pontos além do preço, mas este segue como fator
fundamental, ainda mais em um período de adversidades no cenário
econômico. Já entre os consumidores do topo da pirâmide social, a
qualidade geralmente pesa mais que o preço. Agora, pelas circunstâncias
atuais da economia, marcada por inflação e juros em alta, essa distância
entre classes diminuiu no último ano”, diz Christian Travassos, gerente
de economia da Fecomércio RJ.
Na prática, o preço é apontado como
determinante por 82,2% do total de consumidores, enquanto a qualidade é
citada por 77,1%. A marca é considerada importante para 17,9%, enquanto
o conforto é primordial para 12,1% deles. Entre as classes C, D e E,
mais de 80% dos consumidores afirmam que o preço tem a maior relevância
na hora da compra.
Outra mudança observada pelo estudo é que a
internet vem avançando como meio de informação sobre ofertas do
comércio: 8,5% dos consumidores ficam sabendo das promoções do setor
pela web; em 2009, a menção do meio digital era praticamente
nula.“Contudo, a televisão ainda é o principal veículo mencionado pelos
pesquisados, citado por 46,3%. E ainda ainda há o predomínio do carro de
som nas cidades de pequeno porte, com 20,2% das menções”, afirma o
economista.
O crescimento da internet é horizontal, alavancado
pela popularização dos dispositivos móveis. “Observamos que, apesar da
queda geral do volume de vendas dos eletroeletrônicos em 2014, as vendas
de tablets e smartphones cresceram na contramão do setor e continuam
com boas perspectivas”, frisa.
Fonte: O Dia
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