Com
a chegada da nova tecnologia de telefonia 4G, que foi lançada
oficialmente no fim de abril em São Paulo, muito tem se falado sobre a
abrangência desse serviço, compatibilidade e se, no fim das contas, já
vale a pena adquirir. A Proteste Associação de Consumidores e a
Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET) enviaram, no dia
29, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um ofício em que
questionavam os primeiros passos dessa tecnologia e pedia
esclarecimentos.
Do ponto de vista da associação, pelo fato de a cobertura ainda ser muito restrita, o serviço não deveria ser comercializado. “Depois de assinar o contrato de fidelidade com a operadora e se dar conta da limitação, o consumidor que precisa transmitir e receber grande quantidade de dados se sentirá enganado", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. A associação também defende que alguns aparelhos que são vendidos como 4G podem não funcionar com essa tecnologia.
O especialista Gustavo Fraidenraich, professor do Departamento de Comunicações da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp explica que a questão de compatibilidade de aparelhos não é um problema. “Quando um aparelho é vendido por alguma operadora, ele já foi homologado pela Anatel e, portanto, é compatível com o sistema brasileiro da operadora”, diz.
No entanto, na questão de abrangência, ele também acredita que o serviço ainda deixa a desejar. “Poucas cidades tem o 4G operando. Portanto, se alguém compra um 4G em São Paulo e precisa viajar, talvez ele não funcione. Além disso, a cobertura dentro das cidades em que o 4G está operando é muito pequena, ou seja, apenas uma parte da cidade está coberta pelo sinal. Quem mora na periferia, provavelmente não conseguirá ter o seu celular operando no 4G.”, explica Gustavo.
Ele ainda sugere que a melhor decisão é continuar com o 3G, por enquanto. “No momento, a infraestrutura é muito precária e o meu conselho é esperar pelo menos um ano, até que a rede esteja com mais cobertura e melhor ajustada”, diz.
Do ponto de vista da associação, pelo fato de a cobertura ainda ser muito restrita, o serviço não deveria ser comercializado. “Depois de assinar o contrato de fidelidade com a operadora e se dar conta da limitação, o consumidor que precisa transmitir e receber grande quantidade de dados se sentirá enganado", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. A associação também defende que alguns aparelhos que são vendidos como 4G podem não funcionar com essa tecnologia.
O especialista Gustavo Fraidenraich, professor do Departamento de Comunicações da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp explica que a questão de compatibilidade de aparelhos não é um problema. “Quando um aparelho é vendido por alguma operadora, ele já foi homologado pela Anatel e, portanto, é compatível com o sistema brasileiro da operadora”, diz.
No entanto, na questão de abrangência, ele também acredita que o serviço ainda deixa a desejar. “Poucas cidades tem o 4G operando. Portanto, se alguém compra um 4G em São Paulo e precisa viajar, talvez ele não funcione. Além disso, a cobertura dentro das cidades em que o 4G está operando é muito pequena, ou seja, apenas uma parte da cidade está coberta pelo sinal. Quem mora na periferia, provavelmente não conseguirá ter o seu celular operando no 4G.”, explica Gustavo.
Ele ainda sugere que a melhor decisão é continuar com o 3G, por enquanto. “No momento, a infraestrutura é muito precária e o meu conselho é esperar pelo menos um ano, até que a rede esteja com mais cobertura e melhor ajustada”, diz.
A tecnologia
A tecnologia 4G foi concebida para operar até uma taxa de 100 Mbps (megabits por segundo) e o padrão é o LTE (long term evolution). A tecnologia 3G (padrão WCDMA) foi concebida para operar até uma taxa máxima de 14.4
Mbps. “Se o usuário fosse capaz de utilizar o sistema 4G de forma plena, valeria sim a pena. Do ponto de vista teórico ele teria uma velocidade de download aproximadamente sete vezes mais rápida. Na prática, por conta do compartilhamento da rede com outros usuários e pelas condições de propagação, esse número fica em torno da metade, ou seja, 3.5 vezes mais rápida”, explica Gustavo.
A tecnologia 4G foi concebida para operar até uma taxa de 100 Mbps (megabits por segundo) e o padrão é o LTE (long term evolution). A tecnologia 3G (padrão WCDMA) foi concebida para operar até uma taxa máxima de 14.4
Mbps. “Se o usuário fosse capaz de utilizar o sistema 4G de forma plena, valeria sim a pena. Do ponto de vista teórico ele teria uma velocidade de download aproximadamente sete vezes mais rápida. Na prática, por conta do compartilhamento da rede com outros usuários e pelas condições de propagação, esse número fica em torno da metade, ou seja, 3.5 vezes mais rápida”, explica Gustavo.
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